sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cristo se revela de forma contínua


Conhecemos muito bem a história. Não admira que tenha sido contada e recontada em sermão e canção, bem como no cinema com todos os efeitos especiais que Hollywood tem a oferecer. Seu incrível impacto nos enternece de muitas maneiras. Ouvir o “Messias”, de Händel, durante a Páscoa, é um poderoso lembrete da jubilosa história do nascimento virginal de Jesus, e de um evento correspondente, a ressurreição. Dois marcos da mortalidade, o nascimento e a morte, são eliminados pela vida de Jesus de Nazaré.
Lembro-me, como estudante de música, de que me deleitava com a genialidade de Bach em “Paixão de São Mateus”, mas sentia-me espiritualmente ludibriada porque sua releitura dos acontecimentos acabava na cruz. Desejava ouvir a música ainda mais gloriosa, que eu tinha certeza de que ele teria escrito, se tivesse concluído a história com a vitória sobre o túmulo, a pedra sendo rolada, o assombro no coração de Maria quando sussurrou: “...Rabôni! (que quer dizer Mestre)” (João 20:16) e, em seguida, Pedro se lançando ao mar para ser o primeiro a chegar para a refeição matinal com seu Mestre ressuscitado. Mas claro que isso tornaria o concerto muito extenso.
Ao longo dos anos, também fiquei imaginando se a Paixão não teria terminado da forma como Bach a compôs porque a crucificação de Jesus é mais crível para a mente humana do que sua ressurreição. A maioria acreditava que a crucificação era o fim. Não foi senão até que o Espírito Santo despertasse os discípulos e aqueles à sua volta para o que realmente havia acontecido: que o poder do Cristo começou a operar na consciência humana (ver Atos, capítulo 2). A partir daí, as pessoas começaram a ouvir e a acreditar em seu jubiloso testemunho: “Cristo ressuscitou!”, e a aceitar suas implicações surpreendentes para o mundo inteiro.
Desde o começo, Jesus sabia qual seria o ponto culminante em sua vida
O Cristo é a manifestação ou expressão de Deus. É o brilho de Deus, como a luz solar é para o sol. É o poder da presença de Deus, e a presença do Seu poder, que apareceu na vida de Jesus sob uma forma que os mortais pudessem percebê-lo e se relacionar com ele, e esse aparecimento foi profetizado como a vinda do Messias ou Salvador. Mas Jesus sabia que o Cristo é tão eterno quanto Deus. Seu trabalho na terra era o de romper os limites mentais que ocultavam esse fato das pessoas, e torná-las mais receptivas ao seu poder sagrado.
O notável é que Jesus sabia, desde o início, qual seria o ponto culminante em sua vida. Ele sabia, em cada momento, a razão pela qual estava aqui, o que iria lhe acontecer e o motivo. Sabia também o que lhe seria exigido para passar por tudo isso, conforme sua vigília no Getsêmani nos mostra. Ele orou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra]” (Lucas 22:42-44).
Toda a ostentação de Hollywood, bem ao gosto popular por sofrimento gráfico, nunca conseguiu exagerar o preço que Jesus teve de pagar. “O peso daquela hora foi mais terrível do que humanamente se pode conceber” (Ciência e Saúde, p. 50), escreveu Mary Baker Eddy. Em seguida, ela descreveu a luta mental além da provação física: “A desconfiança das mentes mortais, que não acreditavam no objetivo da missão de Jesus, era um milhão de vezes mais aguda que os espinhos que lhe perfuravam a carne. A verdadeira cruz que Jesus carregou, ao subir a colina da dor, foi o ódio do mundo contra a Verdade e o Amor” (Ibidem, p. 50). Em outra comovente passagem ela escreveu sobre esta cena: “Ao recordar o suor da agonia que em santa bênção caiu sobre a relva de Getsêmani, acaso o discípulo mais humilde ou o mais poderoso murmurará quando beber do mesmo cálice, e pensará ou mesmo desejará escapar ao ordálio exaltador com o qual o pecado se vinga do seu destruidor? A Verdade e o Amor conferem poucas palmas até que a obra de toda uma vida seja concluída” (Ciência e Saúde,p. 48).
Em realidade, nunca podemos ser separados do amor de Deus
Portanto, o Getsêmani foi um grande lugar. O interessante é que o nome significa “prensa de azeite” e traz à mente as milhões de pessoas que dependem do azeite de oliva para luz e comida. A oliveira é um símbolo de grande importância em toda a Bíblia, presente desde a pomba de Noé, com seu ramo da oliveira da paz, até o simbolismo apocalíptico da árvore como fonte de luz espiritual. É especialmente simbólico que os momentos em que Jesus sentiu-se pressionado além do suportável pelo mal do mundo, tenham se passado no jardim conhecido como “prensa de azeite”.
Qual foi o óleo que Jesus produziu? Foi a luz da imortalidade, penetrando na “escuridão” da materialidade para o tempo e para a eternidade, conforme Isaías profetizou. Graças ao sacrifício indescritível do amor de Jesus, sabemos que a morte não é o fim da vida. Sabemos que não há nada a temer, porque o amor do Cristo está presente, aqui e no além. A paz do Cristo reflete a união permanente e eterna de Deus com Sua ideia amada, o homem, que é intocado por qualquer aspecto de mortalidade. Em realidade, nunca podemos ser separados do amor de Deus.
Esse conhecimento é de imenso consolo para aqueles que lutam com o falecimento de alguém que amam. Quando meu marido faleceu, as palavras de Jesus aos seus discípulos antes da crucificação, registradas no Evangelho de João, nos capítulos 14 a 17, foram minhas companheiras constantes: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). Senti-me envolvida em um senso de paz muito além de qualquer coisa que já havia conhecido, e que não poderia explicar de nenhuma outra maneira. Com esse senso de paz veio também a certeza da existência contínua do meu marido e do seu bem-estar, bem como do amor que estava cuidando dele. Aquele amor assumiu o controle da minha vida também. Sob a luz desse amor, descobri que era impossível me sentir separada de meu marido, ou de qualquer pessoa que eu tivesse amado. Essa compreensão continua a me sustentar.
Podemos realmente acreditar na imortalidade? Ou ela exige demasiada fé e confiança das pessoas?
Acreditamos verdadeiramente na prova de imortalidade que o triunfo de Jesus sobre a morte nos proporcionou?
Jesus provavelmente sabia que muitas pessoas fariam perguntas como essa. Além disso, ele tinha o conhecimento de que contava com apenas quarenta dias após sua ressurreição para provar que era realmente o Messias prometido; que tudo o que os profetas haviam predito tinha ocorrido; que o que ele havia ensinado era verdadeiro. Até seus próprios discípulos estavam confusos com o que tinha acontecido. Quando Maria Madalena e as outras mulheres que foram ao sepulcro vieram contar aos discípulos que elas tinham visto Jesus vivo, a Bíblia diz: “Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas” (Lucas 24:11). Mas exatamente no mesmo dia, dois dos discípulos caminhavam para Emaús tão completamente preocupados com os terríveis acontecimentos que haviam presenciado, que nem perceberam que Jesus se juntara a eles. Quando ele perguntou sobre o que estavam falando, eles responderam: “És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias” (Lucas 24:18)? Gosto muito da resposta do Mestre: “Que coisas”? (Ibidem 24:19, conforme a versão bíblica King James). Podemos pensar na glória da ressurreição que Jesus acabara de vivenciar, e como essa glória transcendeu totalmente “as coisas” que ainda mantinham os olhos desses discípulos cegos para percebê-la. Em seguida, ele os remeteu diretamente às escrituras que conheciam tão bem, explicando os fatos reais que haviam ocorrido. Finalmente, quando pararam para fazer uma refeição juntos “...se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24:31, 32)
Será que nosso coração arde com a mesma alegria? A mesma revelação? Acreditamos verdadeiramente na prova de imortalidade que o triunfo de Jesus sobre a morte nos proporcionou? Aceitamos, de maneira profunda e incondicional, suas palavras aos seus discípulos, registradas fielmente pelo apóstolo João, o único que talvez as tenha melhor compreendido?
Antes de sua crucificação, era como se Jesus estivesse tentando de todas as maneiras dizer aos seus amigos mais chegados: “Não acredite naquilo que vocês vão ver. Isso é o que realmente está acontecendo”! Embora ainda levasse um tempo antes que pudessem compreender plenamente, eles, juntamente com o apóstolo Paulo, foram os que levaram a mensagem principal de Jesus ao mundo.
Fenella é Praticista e Professora de Ciência Cristã em Esher, Surrey, Inglaterra.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

El desempleo juvenil y lo que podemos hacer

Por Elizabeth Mata


“En el Cairo, Londres y Brooklyn, son demasiados los jóvenes que están desempleados y descontentos,” dice el subtítulo de “La Bomba del Desempleo Juvenil” (Bloomberg Businessweek, Feb. 2). Este malestar está aumentando en África, China y Japón. Vivo parte del año en España y he sentido este problema frente a la puerta de mi propia casa, con un 40 por ciento de los jóvenes de España sin empleo.
Esta situación es particularmente difícil en el sur de Europa. A los jóvenes se les ofrecen prácticas y pasantías sin pago, o mal remuneradas, o contratos temporales que no ofrecen beneficios sociales o protección. Algunos, están emigrando al norte de Europa, mientras que otros están regresando a los albergues de su infancia, preguntándose si alguna vez serán capaces de poder irse. Muchos están abandonando el mercado de trabajo totalmente, creyendo que no hay más oportunidades y que no hay lugar para ellos en la sociedad.
Esto realmente me impactó cuando una joven española amiga nuestra me contó lo desalentada que estaba después de seis meses de haber sido despedida y todavía sin poder encontrar trabajo en ninguna parte. La situación de mi joven amiga me alertó a orar para sentir más firme y constantemente que Dios siempre satisface las necesidades de todos.
La oración nos ayuda a mirar a través de una mejor lente que la de las estadísticas, las fluctuaciones económicas u obstáculos políticos. Una perspectiva espiritual revela a Dios como nuestro Padre-Madre, el Amor, el único Creador. El mirar a través de esta lente revela que puesto que Dios crea sólo lo bueno, la oportunidad para el bien es la condición permanente de Su creación, para cada uno de nosotros, sin importar nuestra edad. Ninguna puerta puede cerrarse ante un sentido constante de nuestra valía, que incluye un trabajo satisfactorio y útil. Esta verdad se hace más clara mediante una comprensión más profunda de Dios como la única fuente siempre disponible de todo lo bueno que viene a nuestras vidas.
De acuerdo con la Ciencia Cristiana, Jesús entendía su unidad indestructible con Dios con una convicción tan absoluta que él personificaba perfectamente al Cristo, su naturaleza divina a imagen y semejanza de Dios. Por medio de la sanación de todo problema humano imaginable, él enseñó en ese entonces —y su ejemplo continúa enseñando hoy— que el Cristo es la única naturaleza verdadera de cada uno de nosotros. La Ciencia Cristiana muestra que el Cristo viviente, el poder sanador y salvador de Dios, está siempre presente a través de todas las edades para destruir todas las limitaciones y para revelar el cuidado constante de Dios para cada hombre y cada mujer.
El cuidado de Dios está representado con compasión y relevancia en el libro de Isaías, donde está escrito: “Como pastor apacentará su rebaño; en su brazo llevará los corderos, y en su seno los llevará; pastoreará suavemente a las recién paridas” (40:11). ¡Qué natural es para todos los hijos amados de Dios sentir el progreso continuo del bien y la abundancia. Al orar desde esta base, podemos romper el cuadro desaliento sobre desempleo que plaga a nuestra juventud. Deja que el Cristo actúe como una luz irresistible que con originalidad y vigor brilla más que la desesperación y la desesperanza.
Los resultados de la oración puede ser una perspectivas más brillante que lo guíe a uno a un puesto recién creado, o a que se extienda un contrato temporario debido a una necesidad inesperada. El escuchar profunda y devotamente y un humilde deseo de ayudar al mundo puede dar lugar a que se inicie un negocio que ofrezca nuevos servicios productivos. La bondad y la abundancia son el derecho divino de todos sin tener en cuenta la edad.
Mary Baker Eddy, quien descubrió la Ciencia Cristiana y fundó el Christian Science Monitor, dedicó su vida a ayudar a otros a ver que el Amor infinito y divino, Dios, está siempre consolando y guiando, no importa qué dificultad debamos de enfrentar. En su obra principal, “Ciencia y Salud con Clave de la Escrituras”, escribió: “El Amor inspira el camino, lo ilumina, lo designa y va adelante en él” (p. 454).
Debido a que Dios es Mente, Dios siempre nos está informando de nuestra relación inseparable con Él y de la permanencia de nuestro propósito dado por Dios. Los problemas de desempleo que les preocupa a los jóvenes de hoy, o a cualquier persona en el mercado laboral, no están fuera del alcance de la capacidad infinita y el poder de Dios de aportar soluciones para esta necesidad humana esencial.
Esta traducción de un artículo religioso del Christian Science Monitor titulado en inglés “Youth unemployment and what we can do”, es la dedicada y desinteresada labor del cuerpo mundial de traductores y revisores voluntarios de El Heraldo de la Ciencia Cristiana.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Purificar a atmosfera mental


Muitas pessoas, ao redor do mundo, têm se empenhado em serem melhores cidadãos com relação ao meio ambiente, praticando atos que vão desde o simples fato de não jogar lixo na rua, usar menos combustível fóssil para o transporte, até o desenvolvimento de tecnologias avançadas para a conservação de energia. Entretanto, embora as pessoas e as organizações trabalhem para melhorar o ambiente físico, existe uma grande necessidade de se trazer uma purificação mental a tudo quanto fazemos. Essa purificação leva a ações que contribuem para um ambiente físico mais limpo.
Mary Baker Eddy descobriu o Consolador, prometido por Jesus, para toda a humanidade (ver João 14:16, 17, 26; 15:26: 16:7). Esse “Espírito da verdade” conforta as pessoas ao lhes mostrar o que Deus verdadeiramente é. Ele nos dá ferramentas para provarmos que a paz e a saúde pertencem a todos nós porque cada um de nós é filho de Deus, como também nos oferece ferramentas para prestarmos um cuidado mais elevado ao meio ambiente. Esse Consolador eleva a humanidade de uma noção de que a existência consiste principalmente, ou, até mesmo, exclusivamente, de coisas, pessoas e situações materiais, e da noção de que tudo gira em torno da humanidade, para o verdadeiro senso das coisas, segundo o qual o universo manifesta o Deus infinito, o Espírito.
Que o universo está centrado em Deus, não em um sentido literal, mas espiritual, é o tema principal da Bíblia. Por exemplo, embora cada um dos Dez Mandamentos (ver Êxodo 20:3–17) seja essencial, juntos eles ilustram um modo de vida que reconhece Deus como a base de tudo, e que o propósito de viver é glorificá-Lo e abençoar aos outros, ao vivermos consistentemente sob as leis de Deus. Os Dez Mandamentos corrigem a noção de que a humanidade seja o centro do universo mental, de cuja distância medimos a Deus. A orientação focada em Deus, a qual leva ao Amor divino, tem profundas implicações ambientais.
É comum as pessoas acreditarem que podem pensar o que bem quiserem, inclusive a respeito de Deus. Muitas vezes, elas assumem o ponto de vista de que sejam autônomas, portanto, capazes de agir independentemente, tanto para o bem, como para o mal. Em muitas culturas, a independência é vista quase como um valor supremo. Mas Deus não é uma “coisa” a mais que a mente humana pode considerar. Deus permanece como a fonte, a condição e o fundamento de cada pensamento inspirado.
Tanto o Antigo como o Novo Testamentos enfatizam a liberdade, não a de que a pessoa possa fazer tudo o que queira, mas a liberdade de tudo o que possa tentar impedir uma sincera consagração a Deus. A Bíblia enfatiza a libertação do egoísmo e do medo, uma condição de independência que nos permite servir aos outros.
As implicações ambientais de tal liberdade, e que acontecem como um ajuste mental radical, são profundas. Além da mudança da dependência em relação a combustíveis fósseis, para uma energia renovável e mais limpa, ou da mudança do uso de automóveis para o transporte público, essa mudança mais fundamental nos faz mudar do autocentrismo para uma centralização em Deus, e isso não apenas com relação aos combustíveis fósseis, mas também com relação à mudança da maneira egoísta e fossilizada de pensar, para uma maneira espiritual, pura, de conceber, de definir a nós mesmos, aos outros e o universo.
Muitas vezes, práticas ambientais precárias se baseiam na escassez e na limitação. Um senso limitado sobre nós mesmos, embasado em um senso finito acerca de Deus, é um tipo de poluição mental. Por exemplo, um senso limitado do bem leva ao medo da carência e gera a cobiça. Um senso limitado de poder aquisitivo pode levar ao consumismo ou ao excesso de consumo. Um senso limitado que separa o que é bom para uma pessoa ou para uma espécie, daquilo que é bom para outra leva à pobreza, às injustiças e à degradação ambiental. Entretanto, compreender Deus como o Amor infinito liberta do egoísmo e do medo. Por conseguinte, à medida que despertarmos para a natureza de Deus, o conceito do próprio ambientalismo se eleva, tornando todos os esforços mais eficazes, uma vez que foi transformado o pensamento que está na raiz dos problemas ambientais.
Fundamentar nosso pensamento e nosso viver no Consolador é ser um sanador, um purificador ou, poderíamos até dizer, um ambientalista, no sentido mais amplo da palavra, exatamente como Jesus chamou a Pedro e João para serem pescadores, mas em um sentido muito mais vasto, para serem “pescadores de homens” (ver Mateus 4:18, 19). Uma pessoa cura quando é altruísta e devotada a Deus como o bem infinito, devotada a ver cada indivíduo como o reflexo de Deus, livre e espiritual. Essa devoção separa o egoísmo, a negligência e a ignorância do indivíduo, mostrando que esse tipo de abordagem da vida não pertence nem a Deus nem a Seu reflexo.
Eis aqui um exemplo dessa purificação mental, da Segunda Igreja de Cristo, Cientista, em Brazzaville, na República do Congo. Resíduos de uma fábrica vizinha da igreja estavam poluindo a vizinhança, interferindo nos cultos da igreja e representando um risco, principalmente para os alunos da Escola Dominical. Embora todos os esforços para deter a poluição tivessem sido em vão, os membros da igreja continuaram a orar alicerçados no fato de que uma única Mente infinita, Deus, constitui a única atmosfera real do universo, envolvendo todas as suas ideias em perfeita pureza e segurança. Eles compreenderam que nenhum elemento impuro pode jamais penetrar na criação de Deus. Os membros da igreja perceberam que suas orações tinham dado frutos quando a fábrica, sem nenhuma explicação, fechou suas portas. A igreja e a vizinhança estão agora livres daquela fonte de contaminação.
Uma analogia: Um depurador de gás, isto é, um conjunto variado de dispositivos destinados a reduzir as emissões nocivas oriundas de um exaustor industrial, minimiza a poluição. Em certo sentido, ter um Deus infinito, universal, e fundamentar nossos pensamentos e ações na pureza, é ser um depurador. Uma carta, que Mary Baker Eddy escreveu a um de seus alunos, indica a importância disso com relação à cura: “Ora diariamente, nunca deixes de orar, não importa se muitas vezes: ‘Não me deixes cair em tentação’ — interpretado cientificamente — não me deixes perder de vista a total pureza, os pensamentos limpos e puros; faz com que todos os meus pensamentos e objetivos sejam elevados, isentos de ego, amorosos e humildes — voltados para o espiritual. Com essa elevação de pensamento tua mente perde materialidade e ganha espiritualidade e esse é o estado mental que cura o doente” (Robert Peel, Mary Baker Eddy: Years of Authority[Anos de Autoridade], p. 101).
A referência à doença tem relevância aqui. Seu livro, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ensina que a doença, como toda discórdia, não é real, porque não é criada por Deus ou conhecida por Ele. Ao contrário, a mente humana parece conceitualizar a si mesma e vivenciar a discórdia. “Se crês em nervos inflamados e fracos estás sujeito a um ataque dessa procedência. Chamarás a isso nevralgia, mas nós o chamamos uma crença” (p. 392). Da mesma forma que a doença só pode ser combatida como um conceito da mente humana, os problemas ambientais só podem ser eficazmente combatidos como sendo uma crença. Se considerarmos o problema ambiental como algo criado, real ou permitido pela Mente que é Deus, então estaremos realmente engajados no pensamento limitado que é parte do problema. A solução está em compreender que “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31), e em pensar e viver consistentemente com esse fato espiritual. Reconhecer que a criação de Deus é boa e perfeita não faz com que ignoremos os problemas ambientais, mas nos proporciona a sabedoria e a inteligência para combatê-los, não a partir do ponto de vista do medo, mas com amor e devoção aos outros e, por conseguinte, de uma forma verdadeiramente sustentável.
O Amor divino nos conclama a todos a sermos depuradores, sanadores, ambientalistas, na nossa própria vida, nas nossas famílias, nas nossas comunidades e no nosso mundo. Fazer isso é seguir Jesus e provar que o Consolador está aqui para toda a humanidade!
Lyle, conhecido como Roberto, é Praticista, Conferencista e Professor de Ciência Cristã, e mora em Otawa, Canadá.