segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Natal mais feliz que eu já tive!


Mary Baker Eddy escreveu: “O Natal, para mim, é aquilo que faz lembrar o grande dom de Deus, Sua ideia espiritual, o homem e o universo, dom esse que de tal forma transcende o ato mortal, material, sensual, de dar, que a alegria ruidosa, a ambição desmedida, a rivalidade e o ritual de nosso Natal costumeiro parecem um escárnio humano, um arremedo da verdadeira adoração que comemora a vinda do Cristo” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 262). O Natal é uma efusão do abundante amor do Pai por todos os Seus filhos.
Quando nos lembramos da nossa própria natureza espiritual, o Natal proclama a mensagem de que o Espírito divino está conosco, sustentando-nos, preservando-nos e guiando-nos, de forma constante. No relato sobre o nascimento de Jesus, Mateus fala dessa proximidade constante de Deus quando ele ecoa Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1:23).
Existem muitas razões para amarmos a época do Natal e tudo o que ela traz: a reunião das famílias, a alegria, a felicidade e o regozijo que demonstram o significado espiritual mais profundo dessa época e sua maravilhosa promessa à humanidade. O Natal nos lembra o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus, que exemplificou generosidade e amor verdadeiros pela humanidade.
Há alguns anos, um amigo de longa data que estava estudando nos Estados Unidos, veio me visitar aqui no Quênia, com uma ideia diferente de comemorar essa época festiva. Decidimos que nos reuniríamos com nossos amigos, a fim de visitar o lar das crianças (como são chamados os orfanatos no Quênia), como também visitar alguns outros amigos, que estavam doentes. Desejávamos poder dar alguns presentes a essas pessoas, bem como orar com elas.
Considerando que meu amigo estivera longe do Quênia durante quatro anos, ele havia perdido contato com muitas pessoas. Portanto, concordei em encorajar o maior número desses amigos a participar. Em pouco tempo, eu havia mobilizado 26 pessoas, inclusive muitos membros da igreja local da Ciência Cristã.
Certa manhã, pouco antes do Natal, nós nos encontramos e concordamos em comprar alguns presentes, alimentos e roupas que poderíamos doar às pessoas que visitássemos. Assim que esses ítens foram comprados, visitamos a Segunda Leitora da nossa igreja, a qual, nessa época, estava sofrendo de úlceras estomacais. Quando ela nos viu, ficou cheia de felicidade e nos disse que nunca um grupo como o nosso a havia visitado antes. Foi uma visita agradável, cheia de oração em conjunto e, depois disso, demos os nossos presentes. Em seguida, a bibliotecária da nossa Sala de Leitura abriu o Hinário da Ciência Cristã no poema de Mary Baker Eddy, intitulado “Manhã de Natal”, e leu os dois versos finais para o grupo:
Suave luz de paz, Amor,
Não és mortal.
Verdade, Vida, teu valor
Desfaz o mal,

O credo atroz, a corrupção.
Vens nos guiar,
Perene apoio, proteção,
Aqui, nos dar”.

(Hinário da Ciência Cristã, 23)
Foi uma maneira inspirada de finalizarmos a visita. (A Segunda Leitora me ligou seis semanas depois informando que havia tido uma cura maravilhosa e completa. De fato, disse que o poema foi a principal contribuição para sua cura, porque a ajudou a ver que ela é uma ideia espiritual do “Amor vivo”).
De lá, visitamos uma viúva que foi corajosa o bastante para dizer que não tinha nada para comer na ocasião. Nós a incentivamos a continuar amando a Deus, apesar de sua condição, e também demos a ela alguns de nossos presentes. Quando estávamos saindo, ela continuou a pedir que Deus nos abençoasse abundantemente, o que me lembrou destas palavras de Jesus citadas no livro de Atos: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Foi uma bênção poder visitar e ajudar essa senhora!
Em seguida fomos para o “Lar para Crianças Mama Ngina”, onde doamos alimentos, roupas e flores para os órfãos que lá vivem. Eles ficaram cheios de alegria por poderem participar do espírito de Natal. Mais tarde, a patrona (gerente) do orfanato assistiu ao Culto Dominical de nossa igreja para expressar sua gratidão. Hoje, ela é um membro ativo de nossa igreja filial, bem como dA Igreja Mãe.
Os dois últimos lugares em que estivemos foram uma instituição que cuida de idosos e um centro de reabilitação para crianças de rua. Doamos nossos presentes a eles e tivemos conversas maravilhosas sobre cura, em ambos os lugares. Os residentes desses locais ficaram cheios de felicidade quando os visitamos e participamos de suas atividades.
Todos nós ficamos muito gratos por poder celebrar o Natal com essas pessoas da sociedade, as quais, algumas vezes, são esquecidas. Em todos os lugares que fomos, pudemos compartilhar as bênçãos e as ideias sanadoras da Ciência Cristã. Anteriormente, havia considerado o Natal como uma época triste, porque não tinha dinheiro disponível para comprar presentes para minha família e amigos. Mas esse foi o Natal mais feliz que já tive! Mostrou-me que essa é uma época de grande alegria, um período em que estamos mais alerta ao amor de Deus pela humanidade, como também uma oportunidade de imitar o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus.
John mora em Suna-Migori, Kenya.

Vendas de Natal – uma perspectiva espiritual


A agitação no shopping estava a todo vapor, com o público que se ocupava com as compras para as comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto me dirigia para a loja onde trabalhava, invejava as pessoas que estavam sentadas nos bancos ou se divertindo com amigos. Desejava relaxar e me divertir também. Tinha, contudo, de enfrentar uma loja muito movimentada onde teria de ficar em pé durante horas, com um falso sorriso estampado no rosto. Havia sido vendedora temporária na mesma loja por aproximadamente um ano, e não gostava do meu trabalho. Quando não estava entediada, sentia-me sobrecarregada. A cada dia, fingia me importar com aquelas mercadorias caras, atendia a clientes mal-agradecidos (às vezes rudes) e ficava envergonhada e contrariada quando não conseguia completar uma venda sem a ajuda de um gerente. Assim que chegava ao trabalho, começava a contar mentalmente as horas para voltar para casa. Até que, certo dia, quando essa sensação ruim, que já me era familiar, começou a se apoderar de mim, decidi dar um basta! Era hora de mudar minha perspectiva e me volver a Deus.
Encontrei inspiração em uma citação bíblica que ouvira na Escola Dominical e na igreja: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Esse trecho me fez lembrar que Deus nunca criou nada que fosse mau; Ele criou somente coisas boas, portanto, meu emprego tinha de ser uma coisa boa. Afirmei que Deus sempre desejava que eu fosse feliz. Um conceito que me lembro de ter estudado na Escola Dominical, era o de que Deus é nosso Genitor divino, nosso Pai-Mãe Deus. Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreveu uma interpretação espiritual para a Oração do Senhor em Ciência e Saúde. Ela interpretou: “Pai nosso que estás nos céus” como “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso” (p. 16). Para mim, significa que Deus é completo e inclui tanto a ternura feminina como a força masculina. Essa compreensão nos traz paz, porque Ele nos provê com Seu cuidado constante e incondicional. Pensei em meus pais e em como eles sempre desejavam que eu fosse feliz. Se eu tinha um Criador divino, sabia que podia confiar em que meu Pai-Mãe proveria alegria para mim, a cada momento.
Enquanto orava para sentir a bondade de Deus ao meu redor, lembrei-me de uma viagem que fizera à Disneylândia, há vários anos. Recordei-me de que tinha vivido os momentos mais felizes da minha vida naquelas férias. Entretanto, compreendi que ficara feliz, não apenas porque eu estava na Disneylândia, mas porque me sentia protegida, bem disposta, amada e em paz. Essas qualidades espirituais que vivenciara de forma tão clara na Disneylândia eram permanentes, não importando o que a situação humana sugerisse. Sabia que cada situação era uma oportunidade que Deus sempre nos proporciona de sermos felizes. Isso significava que eu podia ter a mesma expectativa no meu emprego, na loja de roupas, que eu teria em uma viagem à Disneylândia!
Sabia que cada situação era uma oportunidade que Deus sempre nos proporciona de sermos felizes
Ponderei sobre um trecho de Salmos: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (16:11). Esse versículo me lembrou que eu tinha o direito à plenitude de alegria, a cada momento da minha vida, e sabia que se colocasse a Deus em primeiro lugar em tudo o que fazia, eu vivenciaria a alegria. A partir daquele momento, fui trabalhar com a expectativa de me sentir protegida, energizada, amada e em paz. No dia seguinte, quando entrei no shopping, ao invés de olhar para os outros com inveja ou de me sentir sobrecarregada, observei a bela decoração natalina, os compradores escolhendo cuidadosamente os presentes para seus entes queridos e meus colegas vendedores ajudando os clientes, todos cumprindo um propósito mais elevado. Descobri ainda que meu propósito divino também estava em ação. Meu falso sorriso se tornou uma expressão genuína de alegria. Atendi aos clientes de forma altruísta, sentindo-me feliz em ajudar as pessoas, enquanto procuravam presentes para familiares e amigos. Passei a tratar meus gerentes com respeito e não me senti mais envergonhada quando precisava de ajuda em uma venda.
Volvi-me imediatamente ao meu Genitor divino e soube que Ele me guiaria a fazer a coisa certa para resolver harmoniosamente a situação
Essa mudança de perspectiva trouxe muitas outras curas no trabalho, envolvendo relacionamentos entre colegas e clientes. Certa vez, uma senhora devolveu um pulôver em nossa loja, que, por estar muito movimentada naquele dia, levou-me a transferir a transação para outra vendedora. Aconteceu que o pulôver que aquela senhora havia devolvido não era da nossa loja e quando descobri isso, a cliente já havia saído. A vendedora que havia feito a troca disse que deveríamos esconder o pulôver e fingir que isso nunca acontecera. Entretanto, sabia que deveria ficar do lado do que era certo. Volvi-me imediatamente ao meu Genitor divino e soube que Ele me guiaria a fazer a coisa correta para resolver harmoniosamente a situação. Enquanto me preparava para contar ao meu gerente sobre a confusão, vi a cliente retornando à loja. Devolvi-lhe o pulôver e contei a ela e ao meu gerente o que havia acontecido. Não fui repreendida e a senhora ficou realmente grata. Não somente constatei que havia um senso real de amor das pessoas que estavam ao meu redor, mas senti também um amor mais profundo, que vinha do meu Pai-Mãe Deus. Testemunhei Sua orientação e cuidado a cada passo do caminho. Devido a essa experiência, sei que o amor e a alegria estão sempre presentes e que são permanentes para todos os amados filhos de Deus. Nosso Pai-Mãe Deus está conosco exatamente agora para acolher, guiar e prover alegria infinita a toda a Sua criação.
Megan mora em Issaquah, Washington, EUA.

O amor transforma os relacionamentos para melhor


Antes de conhecer a Ciência Cristã, sentia-me dividida e separada de Deus porque, de acordo com a minha percepção na época, Ele era distante de Seus filhos.
Ao começar esse estudo, entendi melhor a Deus e aprendi que Sua presença é permanente. Senti-me fortalecida e logo percebi a importância de colocar em prática esses ensinamentos.
Na época, a síndica do meu prédio não conseguia se relacionar de forma harmoniosa com os condôminos; era difícil dialogar com ela e chegar a um acordo, pois cometia muitos erros administrativos que eram bem visíveis a todos nós, mas ela não admitia seus erros. Um sentimento de revolta tomava conta de mim.
Foi então que percebi que precisava praticar o que vinha estudando na Ciência Cristã e curar meu pensamento em relação àquela situação. Comecei a orar para ver naquela pessoa sua verdadeira essência, como filha do Amor divino, e não enxergar defeitos e apontá-los, como vinha fazendo. Passei a reconhecer a perfeição da criação do Amor e aquela senhora, sendo parte dessa criação, só poderia manifestar harmonia, respeito e paciência. Também reconheci que Deus a amava, da mesma forma que ama a todos os Seus filhos.
Procurei compreender melhor também o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Entendi que amar o próximo significa ver a todos, e a nós mesmos, como o reflexo do Amor divino. Essa postura mental traz cura, paz e harmonia para os nossos relacionamentos.
No decorrer das minhas orações notei que minha intolerância foi cedendo. Também percebi uma tranformação no comportamento da administradora, pois já dialogava com os moradores de forma tranquila e se apresentava disposta a ouvir seus pontos de vista. Aos poucos, ela foi mudando sua forma de agir e de administrar o condomínio, além de manifestar boa vontade para com os condôminos.
Quando vemos cada pessoa como uma ideia do Amor divino, entramos em sintonia com Deus e estabelecemos no pensamento a verdade espiritual sobre todos os filhos de Deus. Esse amor genuíno transforma as pessoas, as circunstâncias e o mundo para melhor.
Arlinda mora em Porto Alegre, RS.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cristo se revela de forma contínua


Conhecemos muito bem a história. Não admira que tenha sido contada e recontada em sermão e canção, bem como no cinema com todos os efeitos especiais que Hollywood tem a oferecer. Seu incrível impacto nos enternece de muitas maneiras. Ouvir o “Messias”, de Händel, durante a Páscoa, é um poderoso lembrete da jubilosa história do nascimento virginal de Jesus, e de um evento correspondente, a ressurreição. Dois marcos da mortalidade, o nascimento e a morte, são eliminados pela vida de Jesus de Nazaré.
Lembro-me, como estudante de música, de que me deleitava com a genialidade de Bach em “Paixão de São Mateus”, mas sentia-me espiritualmente ludibriada porque sua releitura dos acontecimentos acabava na cruz. Desejava ouvir a música ainda mais gloriosa, que eu tinha certeza de que ele teria escrito, se tivesse concluído a história com a vitória sobre o túmulo, a pedra sendo rolada, o assombro no coração de Maria quando sussurrou: “...Rabôni! (que quer dizer Mestre)” (João 20:16) e, em seguida, Pedro se lançando ao mar para ser o primeiro a chegar para a refeição matinal com seu Mestre ressuscitado. Mas claro que isso tornaria o concerto muito extenso.
Ao longo dos anos, também fiquei imaginando se a Paixão não teria terminado da forma como Bach a compôs porque a crucificação de Jesus é mais crível para a mente humana do que sua ressurreição. A maioria acreditava que a crucificação era o fim. Não foi senão até que o Espírito Santo despertasse os discípulos e aqueles à sua volta para o que realmente havia acontecido: que o poder do Cristo começou a operar na consciência humana (ver Atos, capítulo 2). A partir daí, as pessoas começaram a ouvir e a acreditar em seu jubiloso testemunho: “Cristo ressuscitou!”, e a aceitar suas implicações surpreendentes para o mundo inteiro.
Desde o começo, Jesus sabia qual seria o ponto culminante em sua vida
O Cristo é a manifestação ou expressão de Deus. É o brilho de Deus, como a luz solar é para o sol. É o poder da presença de Deus, e a presença do Seu poder, que apareceu na vida de Jesus sob uma forma que os mortais pudessem percebê-lo e se relacionar com ele, e esse aparecimento foi profetizado como a vinda do Messias ou Salvador. Mas Jesus sabia que o Cristo é tão eterno quanto Deus. Seu trabalho na terra era o de romper os limites mentais que ocultavam esse fato das pessoas, e torná-las mais receptivas ao seu poder sagrado.
O notável é que Jesus sabia, desde o início, qual seria o ponto culminante em sua vida. Ele sabia, em cada momento, a razão pela qual estava aqui, o que iria lhe acontecer e o motivo. Sabia também o que lhe seria exigido para passar por tudo isso, conforme sua vigília no Getsêmani nos mostra. Ele orou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua. [Então, lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra]” (Lucas 22:42-44).
Toda a ostentação de Hollywood, bem ao gosto popular por sofrimento gráfico, nunca conseguiu exagerar o preço que Jesus teve de pagar. “O peso daquela hora foi mais terrível do que humanamente se pode conceber” (Ciência e Saúde, p. 50), escreveu Mary Baker Eddy. Em seguida, ela descreveu a luta mental além da provação física: “A desconfiança das mentes mortais, que não acreditavam no objetivo da missão de Jesus, era um milhão de vezes mais aguda que os espinhos que lhe perfuravam a carne. A verdadeira cruz que Jesus carregou, ao subir a colina da dor, foi o ódio do mundo contra a Verdade e o Amor” (Ibidem, p. 50). Em outra comovente passagem ela escreveu sobre esta cena: “Ao recordar o suor da agonia que em santa bênção caiu sobre a relva de Getsêmani, acaso o discípulo mais humilde ou o mais poderoso murmurará quando beber do mesmo cálice, e pensará ou mesmo desejará escapar ao ordálio exaltador com o qual o pecado se vinga do seu destruidor? A Verdade e o Amor conferem poucas palmas até que a obra de toda uma vida seja concluída” (Ciência e Saúde,p. 48).
Em realidade, nunca podemos ser separados do amor de Deus
Portanto, o Getsêmani foi um grande lugar. O interessante é que o nome significa “prensa de azeite” e traz à mente as milhões de pessoas que dependem do azeite de oliva para luz e comida. A oliveira é um símbolo de grande importância em toda a Bíblia, presente desde a pomba de Noé, com seu ramo da oliveira da paz, até o simbolismo apocalíptico da árvore como fonte de luz espiritual. É especialmente simbólico que os momentos em que Jesus sentiu-se pressionado além do suportável pelo mal do mundo, tenham se passado no jardim conhecido como “prensa de azeite”.
Qual foi o óleo que Jesus produziu? Foi a luz da imortalidade, penetrando na “escuridão” da materialidade para o tempo e para a eternidade, conforme Isaías profetizou. Graças ao sacrifício indescritível do amor de Jesus, sabemos que a morte não é o fim da vida. Sabemos que não há nada a temer, porque o amor do Cristo está presente, aqui e no além. A paz do Cristo reflete a união permanente e eterna de Deus com Sua ideia amada, o homem, que é intocado por qualquer aspecto de mortalidade. Em realidade, nunca podemos ser separados do amor de Deus.
Esse conhecimento é de imenso consolo para aqueles que lutam com o falecimento de alguém que amam. Quando meu marido faleceu, as palavras de Jesus aos seus discípulos antes da crucificação, registradas no Evangelho de João, nos capítulos 14 a 17, foram minhas companheiras constantes: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). Senti-me envolvida em um senso de paz muito além de qualquer coisa que já havia conhecido, e que não poderia explicar de nenhuma outra maneira. Com esse senso de paz veio também a certeza da existência contínua do meu marido e do seu bem-estar, bem como do amor que estava cuidando dele. Aquele amor assumiu o controle da minha vida também. Sob a luz desse amor, descobri que era impossível me sentir separada de meu marido, ou de qualquer pessoa que eu tivesse amado. Essa compreensão continua a me sustentar.
Podemos realmente acreditar na imortalidade? Ou ela exige demasiada fé e confiança das pessoas?
Acreditamos verdadeiramente na prova de imortalidade que o triunfo de Jesus sobre a morte nos proporcionou?
Jesus provavelmente sabia que muitas pessoas fariam perguntas como essa. Além disso, ele tinha o conhecimento de que contava com apenas quarenta dias após sua ressurreição para provar que era realmente o Messias prometido; que tudo o que os profetas haviam predito tinha ocorrido; que o que ele havia ensinado era verdadeiro. Até seus próprios discípulos estavam confusos com o que tinha acontecido. Quando Maria Madalena e as outras mulheres que foram ao sepulcro vieram contar aos discípulos que elas tinham visto Jesus vivo, a Bíblia diz: “Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas” (Lucas 24:11). Mas exatamente no mesmo dia, dois dos discípulos caminhavam para Emaús tão completamente preocupados com os terríveis acontecimentos que haviam presenciado, que nem perceberam que Jesus se juntara a eles. Quando ele perguntou sobre o que estavam falando, eles responderam: “És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias” (Lucas 24:18)? Gosto muito da resposta do Mestre: “Que coisas”? (Ibidem 24:19, conforme a versão bíblica King James). Podemos pensar na glória da ressurreição que Jesus acabara de vivenciar, e como essa glória transcendeu totalmente “as coisas” que ainda mantinham os olhos desses discípulos cegos para percebê-la. Em seguida, ele os remeteu diretamente às escrituras que conheciam tão bem, explicando os fatos reais que haviam ocorrido. Finalmente, quando pararam para fazer uma refeição juntos “...se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” (Lucas 24:31, 32)
Será que nosso coração arde com a mesma alegria? A mesma revelação? Acreditamos verdadeiramente na prova de imortalidade que o triunfo de Jesus sobre a morte nos proporcionou? Aceitamos, de maneira profunda e incondicional, suas palavras aos seus discípulos, registradas fielmente pelo apóstolo João, o único que talvez as tenha melhor compreendido?
Antes de sua crucificação, era como se Jesus estivesse tentando de todas as maneiras dizer aos seus amigos mais chegados: “Não acredite naquilo que vocês vão ver. Isso é o que realmente está acontecendo”! Embora ainda levasse um tempo antes que pudessem compreender plenamente, eles, juntamente com o apóstolo Paulo, foram os que levaram a mensagem principal de Jesus ao mundo.
Fenella é Praticista e Professora de Ciência Cristã em Esher, Surrey, Inglaterra.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

El desempleo juvenil y lo que podemos hacer

Por Elizabeth Mata


“En el Cairo, Londres y Brooklyn, son demasiados los jóvenes que están desempleados y descontentos,” dice el subtítulo de “La Bomba del Desempleo Juvenil” (Bloomberg Businessweek, Feb. 2). Este malestar está aumentando en África, China y Japón. Vivo parte del año en España y he sentido este problema frente a la puerta de mi propia casa, con un 40 por ciento de los jóvenes de España sin empleo.
Esta situación es particularmente difícil en el sur de Europa. A los jóvenes se les ofrecen prácticas y pasantías sin pago, o mal remuneradas, o contratos temporales que no ofrecen beneficios sociales o protección. Algunos, están emigrando al norte de Europa, mientras que otros están regresando a los albergues de su infancia, preguntándose si alguna vez serán capaces de poder irse. Muchos están abandonando el mercado de trabajo totalmente, creyendo que no hay más oportunidades y que no hay lugar para ellos en la sociedad.
Esto realmente me impactó cuando una joven española amiga nuestra me contó lo desalentada que estaba después de seis meses de haber sido despedida y todavía sin poder encontrar trabajo en ninguna parte. La situación de mi joven amiga me alertó a orar para sentir más firme y constantemente que Dios siempre satisface las necesidades de todos.
La oración nos ayuda a mirar a través de una mejor lente que la de las estadísticas, las fluctuaciones económicas u obstáculos políticos. Una perspectiva espiritual revela a Dios como nuestro Padre-Madre, el Amor, el único Creador. El mirar a través de esta lente revela que puesto que Dios crea sólo lo bueno, la oportunidad para el bien es la condición permanente de Su creación, para cada uno de nosotros, sin importar nuestra edad. Ninguna puerta puede cerrarse ante un sentido constante de nuestra valía, que incluye un trabajo satisfactorio y útil. Esta verdad se hace más clara mediante una comprensión más profunda de Dios como la única fuente siempre disponible de todo lo bueno que viene a nuestras vidas.
De acuerdo con la Ciencia Cristiana, Jesús entendía su unidad indestructible con Dios con una convicción tan absoluta que él personificaba perfectamente al Cristo, su naturaleza divina a imagen y semejanza de Dios. Por medio de la sanación de todo problema humano imaginable, él enseñó en ese entonces —y su ejemplo continúa enseñando hoy— que el Cristo es la única naturaleza verdadera de cada uno de nosotros. La Ciencia Cristiana muestra que el Cristo viviente, el poder sanador y salvador de Dios, está siempre presente a través de todas las edades para destruir todas las limitaciones y para revelar el cuidado constante de Dios para cada hombre y cada mujer.
El cuidado de Dios está representado con compasión y relevancia en el libro de Isaías, donde está escrito: “Como pastor apacentará su rebaño; en su brazo llevará los corderos, y en su seno los llevará; pastoreará suavemente a las recién paridas” (40:11). ¡Qué natural es para todos los hijos amados de Dios sentir el progreso continuo del bien y la abundancia. Al orar desde esta base, podemos romper el cuadro desaliento sobre desempleo que plaga a nuestra juventud. Deja que el Cristo actúe como una luz irresistible que con originalidad y vigor brilla más que la desesperación y la desesperanza.
Los resultados de la oración puede ser una perspectivas más brillante que lo guíe a uno a un puesto recién creado, o a que se extienda un contrato temporario debido a una necesidad inesperada. El escuchar profunda y devotamente y un humilde deseo de ayudar al mundo puede dar lugar a que se inicie un negocio que ofrezca nuevos servicios productivos. La bondad y la abundancia son el derecho divino de todos sin tener en cuenta la edad.
Mary Baker Eddy, quien descubrió la Ciencia Cristiana y fundó el Christian Science Monitor, dedicó su vida a ayudar a otros a ver que el Amor infinito y divino, Dios, está siempre consolando y guiando, no importa qué dificultad debamos de enfrentar. En su obra principal, “Ciencia y Salud con Clave de la Escrituras”, escribió: “El Amor inspira el camino, lo ilumina, lo designa y va adelante en él” (p. 454).
Debido a que Dios es Mente, Dios siempre nos está informando de nuestra relación inseparable con Él y de la permanencia de nuestro propósito dado por Dios. Los problemas de desempleo que les preocupa a los jóvenes de hoy, o a cualquier persona en el mercado laboral, no están fuera del alcance de la capacidad infinita y el poder de Dios de aportar soluciones para esta necesidad humana esencial.
Esta traducción de un artículo religioso del Christian Science Monitor titulado en inglés “Youth unemployment and what we can do”, es la dedicada y desinteresada labor del cuerpo mundial de traductores y revisores voluntarios de El Heraldo de la Ciencia Cristiana.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Purificar a atmosfera mental


Muitas pessoas, ao redor do mundo, têm se empenhado em serem melhores cidadãos com relação ao meio ambiente, praticando atos que vão desde o simples fato de não jogar lixo na rua, usar menos combustível fóssil para o transporte, até o desenvolvimento de tecnologias avançadas para a conservação de energia. Entretanto, embora as pessoas e as organizações trabalhem para melhorar o ambiente físico, existe uma grande necessidade de se trazer uma purificação mental a tudo quanto fazemos. Essa purificação leva a ações que contribuem para um ambiente físico mais limpo.
Mary Baker Eddy descobriu o Consolador, prometido por Jesus, para toda a humanidade (ver João 14:16, 17, 26; 15:26: 16:7). Esse “Espírito da verdade” conforta as pessoas ao lhes mostrar o que Deus verdadeiramente é. Ele nos dá ferramentas para provarmos que a paz e a saúde pertencem a todos nós porque cada um de nós é filho de Deus, como também nos oferece ferramentas para prestarmos um cuidado mais elevado ao meio ambiente. Esse Consolador eleva a humanidade de uma noção de que a existência consiste principalmente, ou, até mesmo, exclusivamente, de coisas, pessoas e situações materiais, e da noção de que tudo gira em torno da humanidade, para o verdadeiro senso das coisas, segundo o qual o universo manifesta o Deus infinito, o Espírito.
Que o universo está centrado em Deus, não em um sentido literal, mas espiritual, é o tema principal da Bíblia. Por exemplo, embora cada um dos Dez Mandamentos (ver Êxodo 20:3–17) seja essencial, juntos eles ilustram um modo de vida que reconhece Deus como a base de tudo, e que o propósito de viver é glorificá-Lo e abençoar aos outros, ao vivermos consistentemente sob as leis de Deus. Os Dez Mandamentos corrigem a noção de que a humanidade seja o centro do universo mental, de cuja distância medimos a Deus. A orientação focada em Deus, a qual leva ao Amor divino, tem profundas implicações ambientais.
É comum as pessoas acreditarem que podem pensar o que bem quiserem, inclusive a respeito de Deus. Muitas vezes, elas assumem o ponto de vista de que sejam autônomas, portanto, capazes de agir independentemente, tanto para o bem, como para o mal. Em muitas culturas, a independência é vista quase como um valor supremo. Mas Deus não é uma “coisa” a mais que a mente humana pode considerar. Deus permanece como a fonte, a condição e o fundamento de cada pensamento inspirado.
Tanto o Antigo como o Novo Testamentos enfatizam a liberdade, não a de que a pessoa possa fazer tudo o que queira, mas a liberdade de tudo o que possa tentar impedir uma sincera consagração a Deus. A Bíblia enfatiza a libertação do egoísmo e do medo, uma condição de independência que nos permite servir aos outros.
As implicações ambientais de tal liberdade, e que acontecem como um ajuste mental radical, são profundas. Além da mudança da dependência em relação a combustíveis fósseis, para uma energia renovável e mais limpa, ou da mudança do uso de automóveis para o transporte público, essa mudança mais fundamental nos faz mudar do autocentrismo para uma centralização em Deus, e isso não apenas com relação aos combustíveis fósseis, mas também com relação à mudança da maneira egoísta e fossilizada de pensar, para uma maneira espiritual, pura, de conceber, de definir a nós mesmos, aos outros e o universo.
Muitas vezes, práticas ambientais precárias se baseiam na escassez e na limitação. Um senso limitado sobre nós mesmos, embasado em um senso finito acerca de Deus, é um tipo de poluição mental. Por exemplo, um senso limitado do bem leva ao medo da carência e gera a cobiça. Um senso limitado de poder aquisitivo pode levar ao consumismo ou ao excesso de consumo. Um senso limitado que separa o que é bom para uma pessoa ou para uma espécie, daquilo que é bom para outra leva à pobreza, às injustiças e à degradação ambiental. Entretanto, compreender Deus como o Amor infinito liberta do egoísmo e do medo. Por conseguinte, à medida que despertarmos para a natureza de Deus, o conceito do próprio ambientalismo se eleva, tornando todos os esforços mais eficazes, uma vez que foi transformado o pensamento que está na raiz dos problemas ambientais.
Fundamentar nosso pensamento e nosso viver no Consolador é ser um sanador, um purificador ou, poderíamos até dizer, um ambientalista, no sentido mais amplo da palavra, exatamente como Jesus chamou a Pedro e João para serem pescadores, mas em um sentido muito mais vasto, para serem “pescadores de homens” (ver Mateus 4:18, 19). Uma pessoa cura quando é altruísta e devotada a Deus como o bem infinito, devotada a ver cada indivíduo como o reflexo de Deus, livre e espiritual. Essa devoção separa o egoísmo, a negligência e a ignorância do indivíduo, mostrando que esse tipo de abordagem da vida não pertence nem a Deus nem a Seu reflexo.
Eis aqui um exemplo dessa purificação mental, da Segunda Igreja de Cristo, Cientista, em Brazzaville, na República do Congo. Resíduos de uma fábrica vizinha da igreja estavam poluindo a vizinhança, interferindo nos cultos da igreja e representando um risco, principalmente para os alunos da Escola Dominical. Embora todos os esforços para deter a poluição tivessem sido em vão, os membros da igreja continuaram a orar alicerçados no fato de que uma única Mente infinita, Deus, constitui a única atmosfera real do universo, envolvendo todas as suas ideias em perfeita pureza e segurança. Eles compreenderam que nenhum elemento impuro pode jamais penetrar na criação de Deus. Os membros da igreja perceberam que suas orações tinham dado frutos quando a fábrica, sem nenhuma explicação, fechou suas portas. A igreja e a vizinhança estão agora livres daquela fonte de contaminação.
Uma analogia: Um depurador de gás, isto é, um conjunto variado de dispositivos destinados a reduzir as emissões nocivas oriundas de um exaustor industrial, minimiza a poluição. Em certo sentido, ter um Deus infinito, universal, e fundamentar nossos pensamentos e ações na pureza, é ser um depurador. Uma carta, que Mary Baker Eddy escreveu a um de seus alunos, indica a importância disso com relação à cura: “Ora diariamente, nunca deixes de orar, não importa se muitas vezes: ‘Não me deixes cair em tentação’ — interpretado cientificamente — não me deixes perder de vista a total pureza, os pensamentos limpos e puros; faz com que todos os meus pensamentos e objetivos sejam elevados, isentos de ego, amorosos e humildes — voltados para o espiritual. Com essa elevação de pensamento tua mente perde materialidade e ganha espiritualidade e esse é o estado mental que cura o doente” (Robert Peel, Mary Baker Eddy: Years of Authority[Anos de Autoridade], p. 101).
A referência à doença tem relevância aqui. Seu livro, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ensina que a doença, como toda discórdia, não é real, porque não é criada por Deus ou conhecida por Ele. Ao contrário, a mente humana parece conceitualizar a si mesma e vivenciar a discórdia. “Se crês em nervos inflamados e fracos estás sujeito a um ataque dessa procedência. Chamarás a isso nevralgia, mas nós o chamamos uma crença” (p. 392). Da mesma forma que a doença só pode ser combatida como um conceito da mente humana, os problemas ambientais só podem ser eficazmente combatidos como sendo uma crença. Se considerarmos o problema ambiental como algo criado, real ou permitido pela Mente que é Deus, então estaremos realmente engajados no pensamento limitado que é parte do problema. A solução está em compreender que “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31), e em pensar e viver consistentemente com esse fato espiritual. Reconhecer que a criação de Deus é boa e perfeita não faz com que ignoremos os problemas ambientais, mas nos proporciona a sabedoria e a inteligência para combatê-los, não a partir do ponto de vista do medo, mas com amor e devoção aos outros e, por conseguinte, de uma forma verdadeiramente sustentável.
O Amor divino nos conclama a todos a sermos depuradores, sanadores, ambientalistas, na nossa própria vida, nas nossas famílias, nas nossas comunidades e no nosso mundo. Fazer isso é seguir Jesus e provar que o Consolador está aqui para toda a humanidade!
Lyle, conhecido como Roberto, é Praticista, Conferencista e Professor de Ciência Cristã, e mora em Otawa, Canadá.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Vença pensamentos de ansiedade!


De repente, a ansiedade o atinge você como uma tijolada. Talvez você e alguns amigos seus já tenham vivenciado uma inquietação repentina e intensa, uma sensação de ameaça que o tira do prumo. De repente, nossa vitalidade é minada e qualquer senso de segurança aniquilado.
Ou... Talvez você também tenha vivenciado um monólogo arrepiante de pensamentos assustadores e que, gradualmente, distorcem a percepção e obscurecem a perspectiva que temos da vida. Exatamente à margem da consciência, como se fosse uma constante mensagem de rodapé (semelhante às informações no rodapé do noticiário de TV), pensamentos podem apresentar continuamente previsões sombrias. O derrotismo se instala à medida que pensamentos debilitantes como esses ficam martelando, lançando obstáculos à autoestima e às realizações.
De fato, vivemos em uma época de ansiedade, que, de acordo com os noticiários, atingiu proporções epidêmicas. O Instituto Nacional de Saúde Mental (National Institute of Mental Health, NIMH) afirma que, por ano, quase 40 milhões de adultos americanos sofrem algum tipo de distúrbio causado por ansiedade e que a maioria deles têm até mais de um. Aqueles que vivenciam esse tipo de problema normalmente têm dificuldades em descrevê-la. Nervosismo, medo, preocupação e apreensão intensa não chegam nem perto de descrever o desespero doloroso que se experimenta quando o medo consome o pensamento. A maioria das pessoas já vivenciou rápidos momentos de medo. Entretanto, quando eles se prolongam, passando a interferir com as atividades diárias e com o repouso noturno, ou quando dominam a maneira como identificamos a nós mesmos, o desafio da ansiedade tem de ser tratado.
Uma coisa é certa: não é da vontade de Deus que subsistamos com a constante expectativa de fracasso. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Isaías 41:10). A Bíblia confirma que sempre temos um forte advogado em Deus. Sempre! Sempre!
A Mente divina sempre abençoa e se expressa em liberdade
Sensações intermináveis de insegurança, desamparo e isolamento, teimosamente arraigados, parecem contradizer a evidência do apoio de Deus. O que está acontecendo? Obviamente, há um profundo desejo de ser libertado de tal mal. Talvez nos perguntemos: Por que não consigo controlar isso? Quem está no controle da minha mente, afinal?
Vamos entender com o que estamos lidando. Na Ciência Cristã, Mente é um sinônimo para Deus. Há apenas um Deus, portanto, uma única Mente. Você e eu somos as ideias de Deus, a bela expressão da Mente jubilosa. O homem é definido em Ciência e Saúde como “A idéia composta que expressa o Espírito infinito; a imagem e semelhança espiritual de Deus; a representação completa da Mente” (p. 591). No entanto, a partir de uma perspectiva mortal, o homem parece ter uma mente separada, exclusiva dele mesmo. Isso é citado na Bíblia como “pendor da carne” (ver Romanos 8:7). Com a mente mortal, tudo gira em torno de “mim, mim, mim”. Tudo está centrado no pequeno ego individual. É aí que começa o problema.
A falta de controle vivenciada durante os momentos de ansiedade é resultado da vontade própria, ou seja, da sugestão de que a mente mortal possa usurpar a autoridade de Deus em nossa vida. A Mente divina sempre abençoa e se expressa em liberdade. A mente mortal constrange. Ela sufoca as inclinações naturais do domínio que Deus outorgou ao homem. Imagine a mente mortal como sendo uma armadilha de dedo chinesa. Você coloca dois dedos, um em cada ponta de um cilindro de tecido e, para libertá-los, você percebe que precisa puxá-los com toda força que você puder. Isso só reforça a armadilha. O pior é que, quanto mais você puxa mais você aperta. A solução para escapar da armadilha é usar os dedos livres e os polegares. Saia fora da armadilha.
Em vez de reclamar sobre a difícil situação ou acionar seu próprio exército e contar com a ajuda de seus aliados, ele se volveu a Deus
Da mesma forma, a mente mortal não pode se libertar da sua própria armadilha de desespero. Ela luta para se livrar dos diversos tipos de medo que a compõem. Essa é a razão pela qual as pessoas recorrem frequentemente a medicamentos para controlar a ansiedade. As drogas são consideradas como um sistema de apoio externo porque a biologia equipara a inteligência com o cérebro, que utiliza um processo eletroquímico. Acredita-se que, ao alterar o equilíbrio químico no cérebro, você controla o medo. Seriam os homens e as mulheres meramente complexos químicos? Ciência e Saúde explica esse paradoxo: “Todo conceito que parece começar no cérebro, começa errado” (p. 262).
No Glossário de Ciência e Saúde, mente mortal está parcialmente definida como: “erro que cria outros erros” (ver p. 591). Ao começar a partir do cérebro, você se abre para outras teorias cruéis sobre fatores determinantes da nossa composição, tais como a hereditariedade e a predestinação contida no DNA, conhecida como “predisposição genética”. A única solução definitiva para o problema da ansiedade surge quando deixamos para trás os meios e formas materiais, mortais, e reivindicamos o poder de Deus, da Mente. Essa é a única estratégia que leva ao êxito total.
Considere isto: Você é uma boa pessoa, honesta e responsável. Você ama a Deus e é fiel a Ele em todas as facetas de sua vida. Então, inesperadamente você se encontra cara a cara com um inimigo de imensas proporções. A situação é tão intimidante e desanimadora que sua resposta imediata é o mau humor. O que você faz?
Essa é a situação com a qual Josafá, como rei de Judá, se deparou, por volta de 873, antes da Era Cristã. (Sua história está na Bíblia, nos livros de Reis e Crônicas). De repente, dois exércitos das regiões vizinhas, os quais excediam em grande número os recursos de Josafá, invadiram seu reino. Sua primeira reação foi de ansiedade. Mas, em vez de reclamar sobre sua situação difícil ou acionar seu próprio exército e contar com a ajuda de seus aliados, ele se volveu a Deus.
Deus é provedor e protetor
Antes de considerar que ação tomar, Josafá invocou a sabedoria de Deus, ou Mente divina. Sua oração começa com um fato fundamental: Deus está no controle de tudo, tanto no céu como na terra. A lógica então o leva a outra verdade fundamental: Nada substitui o poder infinito de Deus. Em seguida, Josafá relembra a promessa de Deus de ajudar Seu povo, sempre que passar por aflições.
A resposta à sua oração por livramento vem imediatamente: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus” (2 Crônicas 20:15). Ele e seu povo não precisavam se envolver em combates, mas deveriam ir ao campo de batalha e ficar parados. No dia seguinte, eles vão e testemunham uma batalha incomum. Josafá nomeia um grupo de cantores para a linha de frente de sua defesa. Cantores? Não é um plano de batalha típico para o que poderíamos considerar uma situação muito perigosa. “Rendei graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre” (2 Crônicas 20:21). À medida que eles cantam esses louvores, os exércitos que se reuniram para conquistar Judá começam a lutar entre si. O embate acaba quando eles se destroem a si mesmos.
Quando desafiados por um exército de terror, podemos procurar imediatamente a proteção da Mente onipotente. Assim como o povo de Judá, nós temos um pacto, uma aliança ou um contrato com Deus. Temos de agir como os filhos de Deus, os beneficiários do único poder no universo. Deus é o provedor e protetor. Ele é Deus. Esse é um relacionamento maravilhoso, um contrato que vale a pena honrar. A batalha é dEle. Ele vai nos defender. Podemos cantar Seus louvores. Podemos apagar qualquer sensação de ansiedade com cânticos de alegria. Não precisamos ter medo de enfrentar o inimigo com o reforço constante de Deus.
É interessante notar que, antes de toda essa agressão acontecer, Josafá falou ao seu povo, dizendo: “Sede fortes no cumprimento disso, e o SENHOR será com os bons” (2 Crônicas 19:11). A única maneira de ter êxito sobre os terríveis bombardeios da mente carnal é ficar parado. Enfrentar essas circunstâncias, mantendo o pensamento calmo, proporciona a cura definitiva que buscamos. Não podemos deixar de observar que, no caso de Josafá, o local onde ocorreu a batalha é chamado de Berachah, ou “o vale das bênçãos”.
Como a ideia do bem, Deus, eu poderia expressar somente o bem
Há alguns anos, tive um momento de enfrentamento tal como Josafá, no qual tinha de vencer a ansiedade volvendo-me a Deus. Foi um tempo de muita agitação em minha vida, e eu nem sempre estava no comando da situação. Comecei a vivenciar estados de pânico, que duravam vários minutos após despertar de um sonho noturno. Isso aconteceu mais de uma vez, e logo comecei a ter medo do medo! Era um círculo vicioso. Finalmente, cheguei à conclusão de que Deus derrota esses inimigos e que eu deveria colocar esse problema nas mãos dEle. Durante uma de minhas orações, a frase “viver sem medo e sem perturbações” me veio à mente. Essa frase faz parte de um hino, que começa assim:
“Quem em seu Deus se abrigar, Já se liberta do temor,
Sob o amparo do Senhor...”
(Hinário da Ciência Cristã, 99)

Esse hino está fundamentado no Salmo 91, que diz em parte: “Não te assustarás do terror noturno, nem da seta que voa de dia...” (v. 5). Em vez de pensar nesse versículo como uma ordem, considerei-o como uma promessa: “Não posso ter medo. Não terei medo. Não tenho medo. O Amor, Deus, é meu protetor. Posso ficar sem medo, porque o Amor vai preparar o caminho para mim, neutralizando as farpas do medo. O Amor está às minhas costas, guardando-me dos inimigos invisíveis”.
Nessa ocasião, descobri que estava observando de forma mais cuidadosa as coisas sobre as quais pensava. Como uma ideia do bem, Deus, eu poderia expressar somente o bem. À medida que meu pensamento era cuidadosamente ajustado à Mente divina, raciocinava que eu poderia vivenciar mais da serenidade desejada. Mary Baker Eddy confirmou isso em Ciência e Saúde: “O homem e seu Criador estão correlacionados na Ciência divina, e a consciência real só tem conhecimento das coisas de Deus” (p. 276).
Seja um guerreiro, não um ansioso
Descobri que a ansiedade é uma reação que consta do cardápio corrupto da mente mortal. A consciência mortal temerosa não é em realidade nenhuma consciência. É falsa. Pensamentos de terror, de medo, de pânico, de negatividade e de ansiedade não são modalidades da consciência verdadeira. Orei com essas novas ideias durante um período de mais de dois meses e, certo dia, percebi que os episódios de sonhos haviam terminado. Os temores noturnos haviam evaporado, juntamente com o receio da ansiedade.
Por meio de seus ensinamentos, de suas curas e advertências, Cristo Jesus nos mostrou como escapar de uma consciência errônea cheia de ansiedade e nos refugiar em uma percepção de liberdade espiritual, o que requer uma purificação do pensamento. À medida que a consciência é purificada e nossa vida se torna mais espiritual, o peso esmagador do medo desaparece. Cada passo rumo à confiança na Mente infinita, e cada passo para longe da dependência de vivermos temendo o desconhecido de uma mente carnal, leva-nos a dar o passo que nos aproxima mais da paz inaudita que é nossa por direito.
Se afligidos por probabilidades cheias de temor, devemos nos volver a Deus e não ao nosso próprio ego. Nós ecoamos com a única Mente, que nos envolve continuamente e isso nos permite triunfar sobre o medo, e obter uma nova mentalidade: “...Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque ele tem feito maravilhas; a sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória” (Salmos 98:1). Nunca assuma o papel de vítima na batalha com a ansiedade. Seja um guerreiro, não uma vítima ansiosa.
Steven Salt é Praticista e Professor de Ciência Cristã em Bexley, Ohio, EUA.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Partiendo de la Mente, no en dirección a la Mente - Un conversación con George Millar


Para George Millar, practicista y maestro de la Ciencia Cristiana, los jardines son un lugar muy especial. No sólo el de su actual casa en Twickenham, junto al río Támesis, en Inglaterra, sino también uno que se remonta a su niñez en Australia.
Cuando George era niño, su hermana mayor se despertó una mañana y no pudo levantarse de la cama. Estaba paralizada. La epidemia de polio se había extendido por Melbourne y todas las escuelas estaban cerradas. Un médico vino a verla y diagnosticó que tenía esa enfermedad, diciendo que regresaría pronto para hacer los arreglos para hospitalizarla. Como la familia había venido practicando la Ciencia Cristiana por tres generaciones, la mamá de George le dijo que fuera al jardín a orar. “Yo estaba muy asustado, pero como acabábamos de tener una lección en la Escuela Dominical sobre la importancia que tiene la obediencia, así lo hice”.
Él no recuerda exactamente cómo oró. “Tal vez fue el Padre Nuestro o la ‘declaración científica del ser’ deCiencia y Salud, o simplemente ‘Dios, ayuda a mi hermana’”. Pero sí recuerda que aquel día gris, sentado en el jardín, de pronto miró a su alrededor y vio que todo estaba lleno de luz. Agrega: “La verdad es que nuestro jardín no se veía muy lindo porque mi papá lo cuidaba y estaba peleando en la guerra”. No obstante, en ese momento su belleza le pareció majestuosa. Fue entonces que el temor desapareció y supo que su hermana estaba sana. Entró corriendo a su casa para decírselo a su madre en el mismo instante en que su hermana salía corriendo de su habitación, totalmente bien.
“Cuando el doctor regresó a la hora”, George recuerda, “Le dije: ‘Ella está bien, está curada’ ”.
Nunca se olvidó de esa experiencia. Años después, George tomó su mochila y salió a recorrer Europa con su amigo y compañero de escuela Geoffrey Barratt, a quien le presentó la Ciencia Cristiana. “Pero, Geoffrey me hizo profundizar en la Ciencia”, dice riendo, “porque no dejaba de hacerme preguntas, y tenía que contestarlas”. Ambos muy pronto se dedicaron por completo a la práctica pública de curación.
“Era lo único que siempre quise hacer”, dice George. Y teniendo a Dios, la Mente, como el hacedor de todas las cosas, ha estado en la práctica desde entonces.
George, en la breve conversación que tuvimos anteriormente, mencionaste que has estado pensando en lo abstracta que es para muchos la palabra Dios. ¿Puedes comentar sobre esto? 
Al darnos los siete sinónimos de Dios, Mary Baker Eddy transformó el término Dios, dándole un nuevo significado. A mí me atrae mucho el sinónimo Principio. Ella dice: “Una vez comprendido, se ve que Principio es el único término que expresa por completo las ideas de Dios: una sola Mente, un hombre perfecto y la Ciencia divina”. 1

¿Por qué crees que ella destacó la palabra Principio? 
El Principio es autoexistente, invariable, constante y, por lo tanto, se puede confiar en él. Los otros sinónimos que nos da la Sra. Eddy, tales como Amor, Vida o Mente, sin el Principio, podrían ser variables, inciertos, destructibles. Pero el Amor que es Principio es invariable, inalterable y sumamente confiable. Y eso es Dios.

Ciencia y Salud afirma: “Nuestra ignorancia respecto a Dios, el Principio divino, es lo que produce la aparente discordancia, y comprenderlo a él correctamente restaura la armonía”. Y considero que comprender los sinónimos en referencia a esa declaración es crucial en nuestra experiencia diaria.
Y los sinónimos también evitan que creamos en un Dios antropomórfico, ¿no es así? 
Es cierto. Debido a los años que ha estado vigente la antigua teología, todavía prevalece la tentación de hacer de Dios un ser antropomórfico. Incluso como Científicos Cristianos lo hacemos, adjudicando a Dios características humanas y esperando que Él actúe personalmente en nuestro nombre.

Respecto a la antigua teología, ¿piensas que hay una diferencia entre la religiosidad y la espiritualidad? 
Hay una enorme diferencia. Necesitamos pensar metafísicamente, es decir, desde el punto de vista de la verdad metafísica. Desde la perspectiva de la antigua teología, se considera que Dios es algo que está allá afuera; que si oramos a Dios, Él hará algo por nosotros. Mientras que el metafísico comprende la verdadera naturaleza de la existencia, y piensa desde este punto de vista. Hay una diferencia entre pensar “partiendo de” y “en dirección a”. Los que piensan “partiendo de” la Mente son metafísicos. Quienes piensan “en dirección a” la Mente son víctimas de la antigua teología.

O bien tenemos un entendimiento del enfoque científico, o nos acercamos a un enfoque científico partiendo del punto de vista de que estamos afuera, tratando de entrar.
Si comprendemos, como dices, la verdadera naturaleza de la existencia, estamos pensando en términos absolutos, ¿no es así? No obstante, gran parte de Ciencia y Salud está escrito en términos relativos, es decir, en relación a algo más. Como cuando la Sra. Eddy afirma: “La letra de la Ciencia llega abundantemente a la humanidad hoy en día, pero su espíritu viene solamente en grados pequeños”. 3
Yo prefiero pensar que lo que denominamos declaraciones relativas son explicaciones, no declaraciones de un hecho, sino simplemente lo que parece estar ocurriendo. No tendríamos consideración hacia los demás si habláramos en términos que van más allá de la capacidad que tiene alguien para entenderlos. Jesús no lo hizo. Él hablaba en parábolas porque esa era la forma en que la gente entendía. No obstante, hubo ocasiones en que se apartó de eso y expresó la verdad pura y absoluta, como cuando declaró: “Yo y el Padre uno somos”, “Antes que Abraham fuese, yo soy”, “El que me ha visto a mí, ha visto al Padre”. ¿Y qué hizo la gente? Quisieron apedrearlo. No entendieron de qué estaba hablando.

De manera que no es sabio ni amable hablar en términos que están más allá de la capacidad que tiene una persona para comprender lo que uno está diciendo, y nosotros necesitamos reconocer esto. Un amigo mío acostumbraba decir: “Piensa radicalmente, pero habla con sabiduría, y vive expresando amor”, y pienso que ése es un muy buen axioma para aplicar en nuestra vida diaria.
Cuando hacemos preguntas como “¿Cuál es el problema?” “¿Por qué está ocurriendo esto?” “¿Cómo puedo arreglarlo?”, las mismas no tienen respuesta porque se preguntan desde ese “afuera” del que estabas hablando. 
Correcto. Es como decir: “¿Por qué sale el sol por el este y se pone por el oeste?” Bueno, en realidad no lo hace. “¿Por qué los objetos se vuelven más pequeños cuando nos alejamos?” Pero eso no ocurre.

O “¿Por qué no he sanado? Está llevando tanto tiempo…”
El hecho mismo de que uno esté haciendo esa pregunta significa que sigue creyendo que está enfermo. Mientras aceptemos que el error es real —algo que necesitamos superar— lo más probable es que no podamos hacer nada al respecto. Pienso que cuando oramos por algo y buscamos curación, tiene que llegar el punto en que podamos decir: “A mí no me importa lo que diga la evidencia física. Yo comprendo que soy espiritual y perfecto, y ya no puedo aceptar la evidencia falsa porque no tiene nada que ver con lo que soy”. Porque la verdad es que todo ese tiempo en que algo parece estar fuera de orden, en realidad está en perfecto orden.

Por ejemplo, si uno mira a través de una ventana que tiene una burbuja grande en el vidrio, la misma parece distorsionar el objeto que se encuentra del otro lado. Pero la burbuja no está tocando ni cambiando el objeto, no tiene nada que ver con el objeto. De modo que para ver las cosas como son, tenemos que dejar de ver a través de un vidrio distorsionado, porque presenta un cuadro distorsionado. Tenemos que ver a través de un vidrio claro.
Y ver a través del vidrio claro es comprender las verdades absolutas acerca de quiénes somos, no las relativas. 
Así es. Últimamente, he estado pensando mucho en esta declaración de Ciencia y Salud: “La confianza inspirada por la Ciencia descansa en el hecho de que la Verdad es real y el error es irreal”. 5 Más adelante en el libro, después de explicar las diferencias entre la Verdad y el error, la Sra. Eddy reitera esa declaración y termina diciendo: “Además, la Verdad es real, y el error es irreal. Esa última declaración contiene el punto que más os resistiréis a admitir, aunque en primera y última instancia es el que más importa comprender”. Y es el que más importa comprender porque a menos que uno reconozca la realidad de la Verdad, le serán robados los beneficios de esa Verdad. Y a menos que comprendamos la irrealidad del error, seremos engañados para que aceptemos el error como algo real. Con todos sus aparentes efectos.

En Primero de Reyes en la Biblia hay una pregunta muy directa que se refiere exactamente a lo que estás diciendo: “¿Hasta cuándo claudicaréis vosotros entre dos pensamientos?” 7
Sí, eso es. El hecho es que siempre estamos lidiando con el estado actual de pensamiento. No importa por cuánto tiempo puede que algo parezca estar ocurriendo. Nuestro actual sentido de la realidad es aquello que estamos pensando y sabiendo en este momento, aquello de lo que estamos conscientes en un momento dado. Ahora, o bien es la realidad como es en verdad, o es un sentido limitado, o un falso concepto de la misma. De manera que si aceptamos el concepto falso, es como si estuviéramos parados frente a un espejo distorsionado. Pero eso no quiere decir que nos hayamos convertido en una imagen distorsionada. Nosotros seguimos siendo lo que realmente somos, y siempre hemos sido: la expresión directa de la Mente perfecta. Así que no vale de nada tratar de “hacernos” algo a nosotros mismos. Nosotros ya estamos muy bien.

Lo que tenemos que hacer es mirar en el espejo perfecto, que por supuesto desde nuestro punto de vista, es la Ciencia divina, en la cual podemos vernos como realmente somos. Ciencia y Salud afirma: “Jesús veía en la Ciencia al hombre perfecto, que aparecía a él donde el hombre mortal y pecador aparece a los mortales”. Lo que aparecía al hombre mortal era la imagen distorsionada —mirando a través del espejo distorsionado— de los sentidos materiales. “En ese hombre perfecto el Salvador veía la semejanza misma de Dios y esa manera correcta de ver al hombre sanaba a los enfermos”. 8 Esa es la verdadera curación en la Ciencia Cristiana; en realidad no ocurre nada. El hecho es que todo es Mente, y la Mente no está actuando o controlando otra cosa, sino que constituye todo lo que existe, y es perfecta. Y eso es lo que yo siempre le señalo al paciente, el hecho de que todo lo que puede existir —y existe ahora— es la manifestación de la Mente perfecta.
Y eso es el Principio. 
Sí, eso es el Principio. A mí siempre me ha gustado definir el Principio como “aquello que es y no puede menos que ser”. Jamás fue creado. Siempre ha sido.

Eso me recuerda algo más en lo que he pensado mucho recientemente. La palabra ser. Una noche, un amigo —que no sabía nada de la Ciencia Cristiana— vino conmigo a la iglesia y después, cuando regresábamos caminando a casa, me dijo: “A mí lo que me interesó fue la palabra ser. Nunca antes había pensado en eso”.
Al igual que la palabra Dios, la palabra ser puede sonar muy abstracta. Pero en lugar de sentirse distanciado de la palabra, tu amigo como que se sintió conmovido por ella. 
Me hizo dar cuenta de cuán esencial es la palabra ser para la Ciencia Cristiana, de hecho creo que si “la declaración científica del ser” no fuera el cuerpo y alma de nuestras enseñanzas, no pienso que la Sra. Eddy la hubiera elegido para que se leyera al término de cada servicio religioso dominical. Sólo al identificarnos correctamente podemos experimentar lo que realmente somos.

La otra palabra importante en “la declaración científica del ser” es la palabra infinita. La Sra. Eddy no sólo dijo que “Todo es Mente y su manifestación”. Ni siquiera “Todo es Mente infinita y su manifestación”, sino, “Todo es Mente infinita y su manifestación infinita…”9 Esto se debe a que no hay una manifestación limitada o finita de la Mente infinita. Y en una de sus definiciones del ser, ella dijo que el ser: “… es infinitud, libertad, armonía y felicidad sin límites”. 10 Y es ese entendimiento de la naturaleza infinita del ser lo que nos permite identificarnos a nosotros mismos correctamente. Es entonces cuando podemos decir: “Si todo es Mente infinita y su manifestación infinita —y yo existo— entonces sólo puedo existir de esa manera”.
De modo que cuando vemos algo no alineado con Dios, el Principio, estamos aceptando lo que nos dice ese vidrio de la ventana que tiene una burbuja, o aceptando el cuadro del espejo distorsionado. Estamos aceptando lo que parece ser…
Correcto. Hemos sido educados para pasarnos la vida preocupándonos por lo que parecemos ser, sin saber necesariamente lo que somos en realidad. Así que a través de estos procesos educativos somos llevados a creer que ciertas cosas son reales, cuando en realidad no lo son. En consecuencia, nuestro éxito en ese sentido varía mucho. Por ello es importante reconocer que no somos mortales físicos con una mente adentro, con este cuerpo físico que a veces puede estar bien y otras mal, y con esta mente que a veces puede estar bien y otras mal, pues si ésta es la manera en que nos identificamos a nosotros mismos, nuestra experiencia será una mezcla de bien y mal, de salud y enfermedad.

No obstante, si logramos reconocer que nuestra verdadera identidad es diferente de la materia, entonces no necesitaremos experimentar ninguna discordancia. Lo que experimentamos es el ser infinito. Cuanto más pensamos partiendo de la infinitud del bien, menos falta de bien experimentamos. Al saber quiénes somos en realidad, cuidamos mucho mejor de lo que parecemos ser.
Entonces, no se trata de eliminar las diferentes “capas” de educación que hemos recibido, sino de estar dispuestos a abandonar el concepto de que tenemos una vida dividida. 
Todo consiste en abandonar ese sentido falso que parece tan real, en cambiar el concepto de realidad que uno tiene, de lo que parecía ser —pero no era verdad— a lo que es verdad en realidad.

Es una manera de pensar muy audaz. 
Sin duda es audaz, es revolucionaria. Lo que quiero decir es que la Ciencia es totalmente única en sus enseñanzas. Uno no va a encontrar las definiciones de la naturaleza de Dios y el hombre que están en Ciencia y Salud en ningún otro lado que no sea en los escritos de la Sra. Eddy.

Pensar en la definición o idea científica del hombre, ¿nos ayuda acaso a comprender mejor al “hombre” como un ser único en relación al concepto que la humanidad tiene de hombres, mujeres, niños? 
Definitivamente. La identificación humana es un sentido limitado del hombre. Tenemos que ir más allá de estos conceptos antiguos que no tienen lugar alguno en la Ciencia, de ese concepto falso de que el hombre es sólo parte de la creación, y que la mujer es parte de la creación, y que sólo si se juntan pueden ser completos, o incluso que no lo son hasta que tienen un hijo. Es un sentido de falta de compleción, y sólo se llega a ser completo cuando reconocemos que el Principio divino es nuestra vida entera.

Yo tenía un amigo que era zoólogo, y descubrió una araña que se creía extinta. Para mí esa araña era una cosita insignificante de color café con la que no pasaba nada. Mi amigo acostumbraba traerme trabajo para traducir al alemán sobre esta especie, y siempre venía muy entusiasmado por haber aprendido algo más acerca de esa araña. Y un día le dije: “No comprendo cómo puedes sentirte tan entusiasmado con esta criaturita tan insignificante”. Y me dijo: “Ven aquí”. Él tenía una de esas arañas bajo el microscopio. Me dijo: “Mira”, y así lo hice. Bueno,¡qué transformación! En lugar de esa cosita color café, había una criatura brillante, opalescente, exquisita en cada detalle. Fue como si la araña física se hubiese transformado en algo enteramente diferente. De pronto, pude ver qué lo atraía tanto.
Claro que se trata de un ejemplo material, no obstante, ilustra que yo había estado viendo a través de las limitaciones de los sentidos materiales al grado de que al mirar a través del microscopio de mi amigo vi una araña diferente.
La notable declaración de la Sra. Eddy eleva nuestros conceptos por completo fuera del reino material: “¡Y cómo se agranda el hombre visto a través de la lente del Espíritu, y qué opuesto es su origen al polvo, y cómo se adhiere a su original, jamás separado del Espíritu!” 11
El hombre se puede ver, o bien, a través de la lente del Espíritu, desde el punto de vista de la Verdad, su verdadero ser, o a través de los límites de los sentidos materiales.
Si consideramos esa analogía y el sentido limitado de la araña, podemos decir que estamos lidiando con un sentido limitado de persona, una personalidad humana. Con frecuencia parece como que en la Ciencia Cristiana intentamos poner cualidades espirituales a una personalidad humana, a un “hombre” humano. 
Lo hacemos. Es por esa razón que la declaración que cité antes — “Jesús veía en la Ciencia al hombre perfecto”— es tan esencial para comprender la Ciencia divina. Jesús no veía en las personas al hombre perfecto, sino veía la naturaleza científica del hombre.

Ahora, la Ciencia Cristiana promete muy poco para los mortales, de hecho, prácticamente nada. Pero promete todo para el hombre, la imagen y semejanza o expresión directa de la Mente, para esa unicidad del Principio y su idea.
Dios, el Principio, jamás divide. Puesto que Dios es uno, Él no se malinterpreta a Sí Mismo, el Principio no es antagónico. No es ninguna de esas cosas discordantes que parecen perturbar las relaciones humanas. Sólo existe un Dios y un hombre.
Cualquiera que lea la definición de hombre que la Sra. Eddy hace en Ciencia y Salud, podría decir: “Un momentito, ¿entonces el hombre ‘no está constituido de cerebro, sangre, huesos y otros elementos materiales’?” 12 ¡Por supuesto que sí! Pero eso es sólo como parece ser.
La forma en que nos identificamos a nosotros mismos determina lo que experimentamos. Ahora, si sólo nos identificamos con lo que parecemos ser, tendremos todas las limitaciones que acompañan ese sentido material y finito. Pero si nos identificamos de la forma en que la Ciencia Cristiana define al hombre, como esa “expresión infinita de la Mente infinita”, 13 entonces descubrimos que la experiencia de uno es completamente diferente. Las limitaciones desaparecen y los conceptos errados no continúan interfiriendo con nuestra vida.
Todo es un estado de pensamiento. Nuestro sentido actual de realidad equivale a lo que estamos conscientes en ese momento dado. Todos somos capaces de mejorar nuestro propio sentido de realidad no sólo hasta que éste se aproxime a la realidad, sino hasta llegar a la realidad misma.
¿Y es así como pasamos del sentido relativo de lo que somos al absoluto? 
Correcto. Recuerdo una curación que fue claramente el resultado de reconocer la perfección inmutable del Espíritu. En una ocasión estuve nadando en un mar tempestuoso y un oído se me llenó de agua y arena y se infectó. Estaba muy inflamado y me dolía mucho; quedé totalmente sordo de ese oído.

Aunque estaba orando, la condición empeoraba cada vez más. Pensé: “Bueno, algo tiene que pasar”. De inmediato me di cuenta de que yo había estado esperando que sucediera algo. Creía que algo debía drenar o que algo tenía que suceder dentro del oído para poder liberarme del problema. Pero de pronto me di cuenta de que si todo es Mente, el Espíritu, nada estaba actuando, controlando o sanando otra cosa, porque la Mente constituye todo lo que existe, y es perfecta. Sané de un momento a otro; la inflamación, el dolor y la sordera desaparecieron por completo. No ocurrió nada —nada drenó— simplemente me liberé instantáneamente. Fue el fin del problema. Como dije antes, conocer lo que realmente es, es la mejor manera de atender lo que aparenta ser.
Más recientemente, mientras visitaba a un paciente por primera vez, esa misma percepción —el sentido presente de lo que ya es— produjo la curación instantánea de un problema de espalda que había mantenido al paciente más o menos recluido en su casa durante años.
De modo que estas percepciones espirituales de lo que realmente es se hacen cargo de esas cosas discordantes tan peculiares que parecen ocurrir en nuestra vida, y experimentamos una libertad genuina.
Y ese es el verdadero ser, ¿no? 
Es el verdadero ser. Necesitamos reconocer lo que es en realidad, en lugar de tratar de producir algo a través de esta o aquella manera de pensar. El reconocimiento de las cosas como realmente son, fue lo que resolvió la situación. No hubo proceso alguno.

Qué alivio y liberación —qué privilegio es, en realidad— identificarnos por completo con la Mente, con el Principio. Como dijiste, resolver la situación partiendo del Principio, no dirigiéndose hacia él. El Principio nunca puede ser engañado por la burbuja que está en el vidrio de la ventana. 
Claro, de la misma manera que sabemos que es una ilusión que la tierra se junte con el cielo en el horizonte, o que los objetos parezcan volverse más pequeños cuando se alejan.

Me encanta el siguiente pasaje de Ciencia y Salud: “Partiendo desde un punto de vista más elevado, uno asciende espontáneamente, así como la luz emite luz sin esfuerzo;…” 14
Cuando resolvemos la situación partiendo del Principio —el punto de vista más elevado— ya no estamos tratando de aplicar las verdades espirituales a nuestros conceptos errados: vivimos como la Ciencia del Cristo.
1 No y Sí, pág. 20. Ciencia y Salud, pág. 390. 3 Ibíd., pág. 113. Juan 10:30; Juan 8:58; y Juan 14:9. Ciencia y Salud, pág. 368. Ibíd., pág. 466. 1° de Reyes, 18:21. 8 Ciencia y Salud, págs. 476–477. Ibíd., pág. 468. 10ibíd., pág. 481. 11 La Primera Iglesia de Cristo, Científico, y Miscelánea, pág. 129. 12 Ciencia y Salud, pág. 475.13 Ibíd., pág. 336. 14 ibíd., pág. 262.