sexta-feira, 14 de junho de 2013

MINIATURAS DE CRISTO

"...até que Cristo seja formado em vós" (Gálatas 4.19)
Ele age em nós de todas as maneiras. Mas, acima de tudo, ele age em nós por intermédio uns dos outros. Os homens são espelhos ou "transmissores" de Cristo para outros homens.
Geralmente são aqueles que conhecem a Cristo que o levam aos outros. É por isso que a Igreja, todo o conjunto de cristãos que revelam Cristo uns aos outros, é tão importante.

É muito fácil pensar que a Igreja tem muitos objetivos diferentes - educação, obras, missões, cultos... A Igreja não existe para outro propósito senão atrair os homens para Cristo, transformá-los em miniaturas de Cristo. Se ela não faz isso, então todas as Catedrais, todos os líderes, todas as missões, todos os sermões, a própria Bíblia - tudo não passa de perda de tempo. Deus não se tornou homem por outro motivo. E é até de duvidar, veja só, que todo o Universo tenha sido criado por qualquer outro motivo.»

C.S. Lewis

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Natal mais feliz que eu já tive!


Mary Baker Eddy escreveu: “O Natal, para mim, é aquilo que faz lembrar o grande dom de Deus, Sua ideia espiritual, o homem e o universo, dom esse que de tal forma transcende o ato mortal, material, sensual, de dar, que a alegria ruidosa, a ambição desmedida, a rivalidade e o ritual de nosso Natal costumeiro parecem um escárnio humano, um arremedo da verdadeira adoração que comemora a vinda do Cristo” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 262). O Natal é uma efusão do abundante amor do Pai por todos os Seus filhos.
Quando nos lembramos da nossa própria natureza espiritual, o Natal proclama a mensagem de que o Espírito divino está conosco, sustentando-nos, preservando-nos e guiando-nos, de forma constante. No relato sobre o nascimento de Jesus, Mateus fala dessa proximidade constante de Deus quando ele ecoa Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1:23).
Existem muitas razões para amarmos a época do Natal e tudo o que ela traz: a reunião das famílias, a alegria, a felicidade e o regozijo que demonstram o significado espiritual mais profundo dessa época e sua maravilhosa promessa à humanidade. O Natal nos lembra o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus, que exemplificou generosidade e amor verdadeiros pela humanidade.
Há alguns anos, um amigo de longa data que estava estudando nos Estados Unidos, veio me visitar aqui no Quênia, com uma ideia diferente de comemorar essa época festiva. Decidimos que nos reuniríamos com nossos amigos, a fim de visitar o lar das crianças (como são chamados os orfanatos no Quênia), como também visitar alguns outros amigos, que estavam doentes. Desejávamos poder dar alguns presentes a essas pessoas, bem como orar com elas.
Considerando que meu amigo estivera longe do Quênia durante quatro anos, ele havia perdido contato com muitas pessoas. Portanto, concordei em encorajar o maior número desses amigos a participar. Em pouco tempo, eu havia mobilizado 26 pessoas, inclusive muitos membros da igreja local da Ciência Cristã.
Certa manhã, pouco antes do Natal, nós nos encontramos e concordamos em comprar alguns presentes, alimentos e roupas que poderíamos doar às pessoas que visitássemos. Assim que esses ítens foram comprados, visitamos a Segunda Leitora da nossa igreja, a qual, nessa época, estava sofrendo de úlceras estomacais. Quando ela nos viu, ficou cheia de felicidade e nos disse que nunca um grupo como o nosso a havia visitado antes. Foi uma visita agradável, cheia de oração em conjunto e, depois disso, demos os nossos presentes. Em seguida, a bibliotecária da nossa Sala de Leitura abriu o Hinário da Ciência Cristã no poema de Mary Baker Eddy, intitulado “Manhã de Natal”, e leu os dois versos finais para o grupo:
Suave luz de paz, Amor,
Não és mortal.
Verdade, Vida, teu valor
Desfaz o mal,

O credo atroz, a corrupção.
Vens nos guiar,
Perene apoio, proteção,
Aqui, nos dar”.

(Hinário da Ciência Cristã, 23)
Foi uma maneira inspirada de finalizarmos a visita. (A Segunda Leitora me ligou seis semanas depois informando que havia tido uma cura maravilhosa e completa. De fato, disse que o poema foi a principal contribuição para sua cura, porque a ajudou a ver que ela é uma ideia espiritual do “Amor vivo”).
De lá, visitamos uma viúva que foi corajosa o bastante para dizer que não tinha nada para comer na ocasião. Nós a incentivamos a continuar amando a Deus, apesar de sua condição, e também demos a ela alguns de nossos presentes. Quando estávamos saindo, ela continuou a pedir que Deus nos abençoasse abundantemente, o que me lembrou destas palavras de Jesus citadas no livro de Atos: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Foi uma bênção poder visitar e ajudar essa senhora!
Em seguida fomos para o “Lar para Crianças Mama Ngina”, onde doamos alimentos, roupas e flores para os órfãos que lá vivem. Eles ficaram cheios de alegria por poderem participar do espírito de Natal. Mais tarde, a patrona (gerente) do orfanato assistiu ao Culto Dominical de nossa igreja para expressar sua gratidão. Hoje, ela é um membro ativo de nossa igreja filial, bem como dA Igreja Mãe.
Os dois últimos lugares em que estivemos foram uma instituição que cuida de idosos e um centro de reabilitação para crianças de rua. Doamos nossos presentes a eles e tivemos conversas maravilhosas sobre cura, em ambos os lugares. Os residentes desses locais ficaram cheios de felicidade quando os visitamos e participamos de suas atividades.
Todos nós ficamos muito gratos por poder celebrar o Natal com essas pessoas da sociedade, as quais, algumas vezes, são esquecidas. Em todos os lugares que fomos, pudemos compartilhar as bênçãos e as ideias sanadoras da Ciência Cristã. Anteriormente, havia considerado o Natal como uma época triste, porque não tinha dinheiro disponível para comprar presentes para minha família e amigos. Mas esse foi o Natal mais feliz que já tive! Mostrou-me que essa é uma época de grande alegria, um período em que estamos mais alerta ao amor de Deus pela humanidade, como também uma oportunidade de imitar o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus.
John mora em Suna-Migori, Kenya.

Vendas de Natal – uma perspectiva espiritual


A agitação no shopping estava a todo vapor, com o público que se ocupava com as compras para as comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto me dirigia para a loja onde trabalhava, invejava as pessoas que estavam sentadas nos bancos ou se divertindo com amigos. Desejava relaxar e me divertir também. Tinha, contudo, de enfrentar uma loja muito movimentada onde teria de ficar em pé durante horas, com um falso sorriso estampado no rosto. Havia sido vendedora temporária na mesma loja por aproximadamente um ano, e não gostava do meu trabalho. Quando não estava entediada, sentia-me sobrecarregada. A cada dia, fingia me importar com aquelas mercadorias caras, atendia a clientes mal-agradecidos (às vezes rudes) e ficava envergonhada e contrariada quando não conseguia completar uma venda sem a ajuda de um gerente. Assim que chegava ao trabalho, começava a contar mentalmente as horas para voltar para casa. Até que, certo dia, quando essa sensação ruim, que já me era familiar, começou a se apoderar de mim, decidi dar um basta! Era hora de mudar minha perspectiva e me volver a Deus.
Encontrei inspiração em uma citação bíblica que ouvira na Escola Dominical e na igreja: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). Esse trecho me fez lembrar que Deus nunca criou nada que fosse mau; Ele criou somente coisas boas, portanto, meu emprego tinha de ser uma coisa boa. Afirmei que Deus sempre desejava que eu fosse feliz. Um conceito que me lembro de ter estudado na Escola Dominical, era o de que Deus é nosso Genitor divino, nosso Pai-Mãe Deus. Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreveu uma interpretação espiritual para a Oração do Senhor em Ciência e Saúde. Ela interpretou: “Pai nosso que estás nos céus” como “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso” (p. 16). Para mim, significa que Deus é completo e inclui tanto a ternura feminina como a força masculina. Essa compreensão nos traz paz, porque Ele nos provê com Seu cuidado constante e incondicional. Pensei em meus pais e em como eles sempre desejavam que eu fosse feliz. Se eu tinha um Criador divino, sabia que podia confiar em que meu Pai-Mãe proveria alegria para mim, a cada momento.
Enquanto orava para sentir a bondade de Deus ao meu redor, lembrei-me de uma viagem que fizera à Disneylândia, há vários anos. Recordei-me de que tinha vivido os momentos mais felizes da minha vida naquelas férias. Entretanto, compreendi que ficara feliz, não apenas porque eu estava na Disneylândia, mas porque me sentia protegida, bem disposta, amada e em paz. Essas qualidades espirituais que vivenciara de forma tão clara na Disneylândia eram permanentes, não importando o que a situação humana sugerisse. Sabia que cada situação era uma oportunidade que Deus sempre nos proporciona de sermos felizes. Isso significava que eu podia ter a mesma expectativa no meu emprego, na loja de roupas, que eu teria em uma viagem à Disneylândia!
Sabia que cada situação era uma oportunidade que Deus sempre nos proporciona de sermos felizes
Ponderei sobre um trecho de Salmos: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (16:11). Esse versículo me lembrou que eu tinha o direito à plenitude de alegria, a cada momento da minha vida, e sabia que se colocasse a Deus em primeiro lugar em tudo o que fazia, eu vivenciaria a alegria. A partir daquele momento, fui trabalhar com a expectativa de me sentir protegida, energizada, amada e em paz. No dia seguinte, quando entrei no shopping, ao invés de olhar para os outros com inveja ou de me sentir sobrecarregada, observei a bela decoração natalina, os compradores escolhendo cuidadosamente os presentes para seus entes queridos e meus colegas vendedores ajudando os clientes, todos cumprindo um propósito mais elevado. Descobri ainda que meu propósito divino também estava em ação. Meu falso sorriso se tornou uma expressão genuína de alegria. Atendi aos clientes de forma altruísta, sentindo-me feliz em ajudar as pessoas, enquanto procuravam presentes para familiares e amigos. Passei a tratar meus gerentes com respeito e não me senti mais envergonhada quando precisava de ajuda em uma venda.
Volvi-me imediatamente ao meu Genitor divino e soube que Ele me guiaria a fazer a coisa certa para resolver harmoniosamente a situação
Essa mudança de perspectiva trouxe muitas outras curas no trabalho, envolvendo relacionamentos entre colegas e clientes. Certa vez, uma senhora devolveu um pulôver em nossa loja, que, por estar muito movimentada naquele dia, levou-me a transferir a transação para outra vendedora. Aconteceu que o pulôver que aquela senhora havia devolvido não era da nossa loja e quando descobri isso, a cliente já havia saído. A vendedora que havia feito a troca disse que deveríamos esconder o pulôver e fingir que isso nunca acontecera. Entretanto, sabia que deveria ficar do lado do que era certo. Volvi-me imediatamente ao meu Genitor divino e soube que Ele me guiaria a fazer a coisa correta para resolver harmoniosamente a situação. Enquanto me preparava para contar ao meu gerente sobre a confusão, vi a cliente retornando à loja. Devolvi-lhe o pulôver e contei a ela e ao meu gerente o que havia acontecido. Não fui repreendida e a senhora ficou realmente grata. Não somente constatei que havia um senso real de amor das pessoas que estavam ao meu redor, mas senti também um amor mais profundo, que vinha do meu Pai-Mãe Deus. Testemunhei Sua orientação e cuidado a cada passo do caminho. Devido a essa experiência, sei que o amor e a alegria estão sempre presentes e que são permanentes para todos os amados filhos de Deus. Nosso Pai-Mãe Deus está conosco exatamente agora para acolher, guiar e prover alegria infinita a toda a Sua criação.
Megan mora em Issaquah, Washington, EUA.

O amor transforma os relacionamentos para melhor


Antes de conhecer a Ciência Cristã, sentia-me dividida e separada de Deus porque, de acordo com a minha percepção na época, Ele era distante de Seus filhos.
Ao começar esse estudo, entendi melhor a Deus e aprendi que Sua presença é permanente. Senti-me fortalecida e logo percebi a importância de colocar em prática esses ensinamentos.
Na época, a síndica do meu prédio não conseguia se relacionar de forma harmoniosa com os condôminos; era difícil dialogar com ela e chegar a um acordo, pois cometia muitos erros administrativos que eram bem visíveis a todos nós, mas ela não admitia seus erros. Um sentimento de revolta tomava conta de mim.
Foi então que percebi que precisava praticar o que vinha estudando na Ciência Cristã e curar meu pensamento em relação àquela situação. Comecei a orar para ver naquela pessoa sua verdadeira essência, como filha do Amor divino, e não enxergar defeitos e apontá-los, como vinha fazendo. Passei a reconhecer a perfeição da criação do Amor e aquela senhora, sendo parte dessa criação, só poderia manifestar harmonia, respeito e paciência. Também reconheci que Deus a amava, da mesma forma que ama a todos os Seus filhos.
Procurei compreender melhor também o mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Entendi que amar o próximo significa ver a todos, e a nós mesmos, como o reflexo do Amor divino. Essa postura mental traz cura, paz e harmonia para os nossos relacionamentos.
No decorrer das minhas orações notei que minha intolerância foi cedendo. Também percebi uma tranformação no comportamento da administradora, pois já dialogava com os moradores de forma tranquila e se apresentava disposta a ouvir seus pontos de vista. Aos poucos, ela foi mudando sua forma de agir e de administrar o condomínio, além de manifestar boa vontade para com os condôminos.
Quando vemos cada pessoa como uma ideia do Amor divino, entramos em sintonia com Deus e estabelecemos no pensamento a verdade espiritual sobre todos os filhos de Deus. Esse amor genuíno transforma as pessoas, as circunstâncias e o mundo para melhor.
Arlinda mora em Porto Alegre, RS.