domingo, 5 de dezembro de 2010

Cristo: presente no Natal e sempre


Durante uma visita à Alemanha na época do Natal, fiquei feliz por participar com meus anfitriões das atividades festivas em antecipação a essa data, as quais incluíam abrir as portas de um Calendário de Natal com janelinhas para cada um dos primeiros 25 dias de dezembro.
Esses calendários são muito festivos; cada pessoa recebe um pequeno presente quando uma nova janelinha é aberta, mas o propósito mais profundo é o de estabelecer uma atmosfera de alegre expectativa para o Dia de Natal e para a comemoração do nascimento de Jesus.
Durante séculos, os festejos do Advento têm se transformado em um tempo de expectativa pela Segunda Vinda de Jesus ou, em um outro sentido, uma consciência renovada do espírito-Cristo que inspirava a vida de Jesus.
A presença do Cristo já está conosco
Portanto, na época de Natal temos a comemoração da histórica vinda de Jesus e também da esperança e da promessa de que a presença do Cristo já está conosco, mediante o Consolador que Jesus prometeu aos seus seguidores.
Que sentido maravilhosamente ampliado essa percepção deu às minhas comemorações de Natal. Com o costume de abrir o calendário do Advento, expandimos nosso pensamento para um senso mais atemporal dessa data festiva.
No Dia de Natal celebramos, com grande honra e reverência, o nascimento de Jesus. Para mim, é também um dia que representa a comemoração da eterna vinda da mensagem do Cristo ao pensamento humano.
Mary Baker Eddy deu destaque a essa especial afeição pelo Natal, ao escrever: “Este dia significativo, coroado com a história da idéia da Verdade, — seu advento e natividade terrenos, — é particularmente caro ao coração dos Cientistas Cristãos; para eles, o aparecimento do Cristo, num sentido mais pleno, é muito precioso, e repleto de bênçãos divinas para a humanidade” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 320).
“Não vos deixarei órfãos”
Essas “bênçãos divinas para a humanidade” foram uma promessa que Jesus fez aos seus seguidores. Ele lhes disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco ... Não vos deixarei órfãos... o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (João 14: 16, 18, 26).
Essa declaração algumas vezes foi assim interpretada: que Jesus voltaria na carne, em uma época futura, para estabelecer um novo reino terreno. Para mim, porém, indica algo que é muito mais próximo e mais imediato, ou seja, que esse reino está aqui, agora, e é revelado à medida que cada um de nós descobre a verdade de que somos os filhos de Deus, realmente espirituais.
Essa consciência da nossa espiritualidade é a revelação contínua da mensagem do Cristo, que está sempre presente para ajudar a humanidade.
Um dos significados da palavra consolador é “advogado” ou “intercessor” em favor daqueles que estão em necessidade. O Cristo, vindo para defender a nossa causa, exatamente quando mais precisamos, revela o sentido do Consolador que atua de forma contínua.
Ela estava estabelecida nas bênçãos da presença do Cristo
A verdade sobre esse eterno aparecimento do Cristo na consciência humana pode ter maravilhosos resultados de cura, como provou uma amiga minha. Certo verão ela recebeu, de vários médicos, o diagnóstico de câncer de mama. Foi marcada uma cirurgia, mas antes que essa ocorresse, minha amiga foi curada, ao compreender que ela estava estabelecida nas plenas bênçãos de uma manhã de Natal, nas bênçãos da presença do Cristo.
As ideias contidas nesta passagem de um dos artigos de Mary Baker Eddy a inspirou a orar pela cura: “A estrela que ternamente cintilou sobre a manjedoura de nosso Senhor concede a essa hora sua luz resplandecente: a luz da Verdade, para reconfortar, guiar e abençoar o homem, em seu empenho por alcançar a recém-nascida ideia da perfeição divina, que desponta sobre a imperfeição humana, - luz essa que acalma os temores do homem, carrega seus fardos, chama-o para a Verdade e o Amor e para a doce imunidade que estes proporcionam contra o pecado, a doença e a morte” (Miscellaneous Writings 1883–1896, p. 320).
O radiante esplendor dessa ideia lembrou minha amiga de sua verdadeira espiritualidade. Isso a acalmou e confortou. Quando fez o exame pré-operatório, constatou que estava livre de qualquer sinal do problema, e continua livre dessa doença.
Mary Baker Eddy foi uma testemunha da ativa presença do Cristo
Quando Mary Baker Eddy descobriu a Ciência Cristã, tornou-se uma testemunha da ativa presença diária do Espírito Santo, o Cristo Consolador. Essa compreensão constantemente inspirava sua obra de cura e ensino.
Ela escreveu em Ciência e Saúde: “O advento de Jesus de Nazaré marcou o primeiro século da era cristã, mas o Cristo não tem começo de anos nem fim de dias. Através de todas as gerações, tanto antes como depois da era cristã, o Cristo, como ideia espiritual — o reflexo de Deus — tem vindo com certa medida de poder e de graça a todos quantos estejam preparados para receber Cristo, a Verdade” (p. 333).
Essa preparação espiritual para receber Cristo, a Verdade, no período que antecede ao Natal, traz novas revelações, ao mesmo tempo em que amplia e inspira nossa comemoração do Natal. Mas conforme minha amiga provou, a mensagem sanadora do Natal, a de que Cristo está sempre presente, está conosco todos os dias!
David é Praticista e Professor de Ciência Cristã em Stanfordville, Nova Iorque, EUA.

Os dons de Deus


Após meu divórcio, vi-me sozinha com dois filhos para criar, ainda pequenos, e sem ter como me sustentar financeiramente.
Eu não queria depender de ninguém, por isso orei muito a Deus para que me inspirasse a fazer algo que me desse condições para me adaptar a minha nova situação e conseguir suprimento de forma sábia. Eu lia diariamente a Lição Bíblica Semanal e me sentia fortalecida com o estudo.
Precisava honrar meus compromissos financeiros dentro do prazo, por isso orava continuamente para conseguir os meios para tal. Certo dia, durante o estudo da Lição Bíblica, esta passagem me chamou a atenção: “Ao entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo: dos seus filhos ou dos estranhos? Respondendo Pedro: Dos estranhos, Jesus lhe disse: Logo, estão isentos os filhos. Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e entrega-lhes por mim e por ti” (Mateus 17:25-27). Essa passagem me fez perceber que Deus nos dá as ideias que nos proveem de tudo o que necessitamos. Assim como Pedro encontrou os meios para pagar o imposto cobrado, eu também teria a inspiração que me levaria a encontrar o suprimento e me possibilitaria honrar meus compromissos.
Lembro-me de que senti uma vontade muito grande de mexer com cabelos. Percebi que aquele seria o caminho, pois manuseava com muita destreza a tesoura e me sentia segura e criativa no cuidado de cabelos.
Decidi, então, fazer cursos de cabeleireira para me aprimorar e, à medida que os cursos evoluíam, notava que estava no caminho certo, em uma atividade que me completava plenamente. Era inspirada a criar novos cortes; desempenhava o que aprendia com alegria e destreza.
Notei que aquele era um dom natural que aflorava em mim, o que me fez rememorar algo que minha mãe sempre dizia aos meus oito irmãos e a mim: “Deus deu dons a cada um de Seus filhos; precisamos apenas saber qual é nosso dom e colocá-lo em prática, a fim de melhor servir a Deus”. Lembrar disso me trouxe alegria, afinal minha mãe era uma pessoa de muita fé, e por ela fomos apresentados aos ensinamentos da Ciência Cristã.
Certa vez, durante a leitura da Lição Bíblica, este trecho bíblico confirmou os ensinamentos que recebi na infância: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17). Percebi que Deus expressa Seus dons no homem, por meio de talentos que proveem a atividade correta e constante, a qual traz o sustento que não sofre variação, diminuição ou interrupção.
Entender que cortar cabelos era meu dom foi a resposta divina para as minhas orações. Agora eu sabia como obter o meu suprimento diário. Fazia meu trabalho com muito amor, entusiasmo, dedicação e alegria, fator que atraiu muitas clientes. Por gostarem do meu trabalho, elas me indicavam para suas amigas.
Assim comecei a ganhar meu sustento e a educar meus filhos, de forma confortável e sem passar necessidades. Por confiar em Deus, sabia que não poderia passar por crises ou privações. Coloquei-me em Suas mãos, confiante no Seu cuidado e na nova profissão que Ele reservara a mim. Ao fazer cada corte de cabelo, eu agradecia a Deus pela inspiração divina e por servir a Ele por meio de meu novo ofício. Ao atender bem as pessoas e vê-las saírem satisfeitas e felizes com meu serviço, sentia-me abençoada, por saber que elas haviam sido abençoadas.
Mesmo com a agenda lotada devido a tantas clientes, eu sempre reservava tempo para ler a Lição Bíblicadiariamente e para conciliar meu trabalho com os cargos na igreja. Fui professora da Escola Dominical e depois Primeira Leitora, atividades que exerci com muita dedicação, amor e harmonia.
Hoje estou aposentada. Meus filhos estão criados, formaram-se e estão bem estabilizados. Eles são a minha alegria. Eu vivo com tranquilidade e realizada por ter vencido todas as dificuldades que se apresentaram na minha vida, por me volver a Deus e seguir com fé as Suas orientações. Os ensinamentos da Ciência Cristã sempre foram, e até hoje são, a base espiritual que me traz sabedoria e sustento.
Diva mora em Joinville, SC.

Cura de apendicite do filho


Em uma manhã de um sábado ensolarado, coloquei-me em reflexão sobre o significado da palavra “acreditar”. Consultei o dicionário e me deparei com a seguinte definição: “dar crédito a; crer; ter como verdadeiro”.
Ao contemplar a beleza dos raios de sol refletindo e iluminando as árvores que eu via através da janela, pensei: “Deus está sempre presente em Sua criação”. Acreditei naquele pensamento natural e espontâneo e senti paz e alegria.
Então, perguntei-me: Se Deus está sempre presente, por que, às vezes, relutamos em acreditar, ter como verdadeira, a Sua presença, principalmente quando as dificuldades e os desafios se apresentam em nossa vida?
Não deveria a conscientização do bem ser natural e espontânea, conforme ocorreu quando observei a beleza dos raios de sol sobre as árvores?
Essa reflexão me levou a pensar sobre os diversos “treinos” que realizamos ao longo da vida, os quais, instintivamente, levam-nos à compreensão e à conscientização. Treinamos com persistência e perseverança o andar, o correr, o falar e os demais movimentos, desenvolvendo assim a nossa consciência corporal e a compreensão sobre ela.
Da mesma maneira, podemos treinar nosso pensamento a aceitar somente que Deus é o bem supremo e absoluto, que Ele está sempre presente e nos proporciona apenas o bem. Acreditar nessa única realidade nos capacita a vivenciar esse Amor incondicional e sua onipotência. Ter como verdadeira apenas a onipresença de Deus traz saúde, alegria, companhia, abundância e supre nossas necessidades.
Certa vez, Paulo, meu filho mais novo, queixou-se de fortes dores abdominais, febre e grande desconforto. Diante do quadro alarmante e repentino, meu esposo e eu decidimos levá-lo a um hospital para que ele obtivesse alívio da dor. Após alguns exames, recebemos o diagnóstico de apendicite, com a recomendação médica de que Paulo deveria passar por uma cirurgia. Permanecemos no hospital durante toda a noite, pois ele seria operado no dia seguinte. Durante aquelas horas, conversamos sobre a sua verdadeira identidade espiritual, como imagem e semelhança de Deus. Conscientizamo-nos da presença de Deus em seu ser e acreditamos no poder do Amor infinito. Creio que refletir sobre essas ideias eliminou o medo do pensamento de meu filho, que adormeceu.
Continuei a afirmar a verdadeira realidade e a me concentrar nas seguintes palavras de Mary Baker Eddy: “Tumores, úlceras, tubérculos, inflamação, dor, juntas deformadas, são apenas sombras de sonho dos que sonham acordados, imagens sombrias do pensamento mortal, que fogem diante da luz da Verdade” (Ciência e Saúde, p. 418).
Durante a madrugada, fui chamada para assinar os documentos referentes à cirurgia, que deveria ocorrer em breve. Mesmo assim, continuei a acreditar que para Deus tudo é possível e que o quadro de doença poderia ser revertido pela compreensão de que a sombra chamada “apendicite” é apenas um sonho e desaparece diante da luz irresistível e sanadora de Deus, a Verdade. Permaneci confiante no fato de que a verdade sobre a perfeição espiritual de meu filho seria comprovada.
Mais uma vez, algumas palavras de Mary Baker Eddy soaram em minha consciência: “É possível — é até dever e privilégio de cada criança, homem e mulher — seguir em certo grau o exemplo do Mestre, pela demonstração da Verdade e da Vida, da saúde e da santidade. ... Ouvi estes mandados imperiosos: ‘Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste...’ ” (Ibidem, p.37). Dei-me conta de que como meu filho não está fora desse mandado bíblico impreterível, pode somente expressar a perfeição divina e imutável.
Ao amanhecer, um exame mais detalhado foi realizado e, após algumas horas, o médico nos disse que, após analisar cuidadosamente o exame, concluíra que a cirurgia não seria mais necessária e que a havia cancelado. Meu filho sentia-se bem e não apresentava nenhum dos sintomas da noite anterior, os quais não retornaram mais.
No mesmo instante, telefonei para minha filha que se preparava para as comemorações de sua formatura, que aconteceriam naquela noite. Com muita gratidão a Deus, disse a ela que poderíamos participar de sua festa e que seu irmão a acompanharia como padrinho, conforme havíamos planejado. Com naturalidade, ela afirmou: “Eu já sabia; na realidade divina a doença é sempre uma ilusão”!
A noite da formatura foi muito especial, repleta de alegria e gratidão. Para mim, essa experiência confirmou mais uma vez que reconhecer que os filhos de Deus têm direito inalienável ao bem traz saúde, paz e harmonia constantes.
Rose mora em São Paulo, SP.

Quando cheguei ao hospital, estava com muita dor e os médicos disseram que eu precisaria ser operado. Durante a noite, minha mãe orou, conversou bastante comigo e me assegurou que Deus estava cuidando de mim. Como aluno da Escola Dominical da Ciência Cristã, eu já conhecia esse modo de pensar. A situação era tensa, mas com aquelas palavras eu me acalmei, consegui dormir e acordei bem no dia seguinte. Fiquei muito feliz por não precisar ser operado. Aquelas dores não retornaram mais.
Paulo, 16 anos