segunda-feira, 8 de março de 2010

Livre de Limitações


Maria Elvira Drummond



Gosto das ideias que a Ciência Cristã me proporciona a respeito da condição da mulher! Ciência e Saúde declara: “O homem e a mulher, coexistentes e eternos com Deus, refletem para sempre, em qualidade glorificada, o infinito Pai-Mãe Deus” (p. 516).
Essa conclusão me propiciou o fundamento espiritual para discernir minha verdadeira identidade, como filha de Deus, e reivindicar para mim a igualdade de direitos entre os sexos. Apesar do progresso significativo em relação ao reconhecimento dos direitos da mulher no Brasil, vejo que ainda há um grande abismo entre o padrão ideal e as atitudes com as quais às vezes nos deparamos. Entretanto, as verdades da Ciência Cristã me ajudaram a vencer a discriminação sexual, especialmente quando fiquei viúva, e percepções equivocadas e injustas a mim dirigidas tentaram limitar minhas oportunidades e habilidades.

Ao iniciar essa nova fase em minha vida, também ponderei profundamente esta passagem da Bíblia: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). A ideia de que cada um de nós é tão perfeito e bom quanto Deus, nosso Criador, traz profunda libertação. Percebi que não precisava temer ou aceitar qualquer tipo de concepção equivocada sobre mim mesma ou sobre meu gênero e comecei a afirmar as qualidades que eram minhas como reflexo do Divino: inteligência, capacidade, coragem, força, originalidade, diligência e assim por diante. Na verdade, essas qualidades sempre me pertenceram, mas agora era o momento em que necessitava me tornar mais plenamente consciente delas.
Há alguns anos, vivenciei situações desconfortáveis em assuntos relacionados a negócios, em que identifiquei traços ocultos de discriminação contra a mulher. Após o falecimento do meu marido, encontrei-me, de repente, gerenciando uma padaria, juntamente com seu sócio. Depois de alguns meses nesse trabalho, totalmente novo para mim, ficou evidente que meu sócio receava que eu não tivesse capacidade de gerir o negócio, julgando que eu não seria capaz de satisfazer a todas as exigências que o trabalho demandava. No início, essa nuvem de desconfiança começou a minar meu entusiasmo e autoestima com sentimentos de inferioridade, inaptidão e falta de conhecimento. No entanto, tudo o que eu aprendia com o estudo da Ciência divina me ajudou a enfrentar e vencer essas barreiras.

Daquela época em diante, decidi seguir estas instruções de Jesus: “Lançai a rede à direita do barco e achareis” (João 21:6), o que para mim significou agir a partir do ponto de vista da minha capacidade dada por Deus. Logo recuperei minha confiança. Em um determinado momento, deparamo-nos com uma situação difícil, em que um dos funcionários entrou com um processo trabalhista contra nossa empresa. Meu sócio ficou especialmente perturbado pelo fato de ter de comparecer diante de um juiz. Como se tratava de uma situação muito delicada, meu sócio entendia que ele deveria nos representar, pois o conflito exigia muita estabilidade emocional e firmeza. Eu lhe disse que poderia lidar com a situação, uma vez que me sentia bem preparada e tranquila. Compareci à audiência sozinha. O processo teve um desdobramento melhor do que se esperava. O juiz elogiou nossa empresa pelo baixo registro de processos trabalhistas e fez um acordo favorável a ambas as partes.
Ciência e Saúde afirma: “Cidadãos do mundo, aceitai a ‘liberdade da glória dos filhos de Deus’ e sede livres”! (p. 227).

Desde aquela ocasião, essa afirmação permanece em meu coração para sempre!



Maria Elvira é Praticista da Ciência Cristã em Belo Horizonte, MG.

terça-feira, 2 de março de 2010

Uma igreja que cura

Loubert Milani Junior

Certo domingo estava com minha família em uma cidade fora do Brasil e, em um ponto de ônibus, observamos que uma senhora segurava um exemplar de O Arauto e outro das Lições Bíblicas Semanais. Fizemos contato e ela nos disse que estava retornando do culto de uma igreja da Ciência Cristã e se regozijava muito, pois voltara àquela igreja depois de quase 30 anos. Contou-nos que durante esse tempo tinha perdido a alegria e que chorava quase todos os dias. Naquela manhã, decidiu ir à igreja e comentou a transformação que lhe ocorreu. Estava maravilhada com todo o bem encontrado ao voltar para a igreja naquele dia, e se sentia extremamente feliz e grata.
O que faz com que a cura, o bem-estar e o “óleo de alegria” sejam tão presentes nas igrejas da Ciência Cristã? Primeiro, a atmosfera elevada e de paz, apoiada pelas orações científicas dos membros, advinda da Palavra lida do púlpito: a Bíblia e Ciência e Saúde, o Pastor dual e impessoal da Ciência Cristã. Esse ambiente é a manifestação do azeite que simboliza a caridade e abundância do bem divino. Outro ponto de grande importância é a predisposição a receber, compreender e viver essa mensagem, ser receptivo a esse “azeite”, ou “óleo”, definido por Mary Baker Eddy como “consagração; caridade; doçura; oração; inspiração celestial (Ciência e Saúde, p. 592).
Às vezes, as pessoas ficam tão sugestionadas com pensamentos de carência, desespero, doenças e dor, que se lhes torna difícil perceber o “azeite”, o suprimento, sempre presente, em suas vidas. A Bíblia relata a história da viúva de um dos discípulos dos profetas a qual clamou ao profeta Eliseu, antes de os credores buscarem seus filhos para serem escravos, como pagamento de uma dívida. Eliseu disse a ela: “...Dize-me o que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Então, disse ele: Vai, pede emprestadas vasilhas aos teus vizinhos; vasilhas vazias, não poucas. Então, entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos, e deita o teu azeite em todas aquelas vasilhas; põe à parte a que estiver cheia”. Assim fez a mulher. “Cheias as vasilhas, disse ela a um dos filhos: Chega-me, aqui, mais uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. E o azeite parou” (ver 2 Reis 4:1-7).
Eliseu fez com que ela percebesse que já tinha em casa, em sua consciência, o azeite, ou seja, a inspiração que lhe daria o suprimento necessário, pois naquele momento seus pensamentos estavam tão cheios de medo, carência e pobreza, que não a deixavam perceber o bem presente. Após ouvir o profeta e obedecer-lhe com a ajuda dos filhos, sua inspiração foi multiplicada e o azeite, o amor divino de maneira tangível, preencheu as muitas “vasilhas vazias” do pensamento.
O azeite é derramado sem limites à medida da disponibilidade das vasilhas e só para de jorrar, quando todas estão cheias. Quanto mais recipientes vazios, maior será a plenitude ou preenchimento; quanto mais a nossa consciência estiver livre de limitações, mais receberemos do Cristo em nossa experiência.
A profunda lição que recebemos do profeta é a de ver o cuidado, a providência e o auxílio do Senhor, sempre presentes a Seu povo. Eliseu demonstrou a abundância à viúva pobre. Ele recomendou que buscasse “vasilhas vazias”, o que, para mim, representa libertar-se de ressentimentos, tristezas, críticas e limitações, para que o azeite jorrasse, ou seja, para que a inspiração divina ocupasse lugar no pensamento da viúva e assim ela percebesse a manifestação divina, com sua necessidade já suprida.
As atividades da Igreja da Ciência Cristã, quer sejam os cultos, a Escola Dominical, a Sala de Leitura, as reuniões inspirativas, as Assembleias de membros ou as Conferências ajudam a esvaziar “vasilhas” cheias de sofrimento, doenças, medo, justificação própria, egotismo, carência, toda espécie de sentido material que oculta a beleza e bondade espirituais. É preciso desnudar o erro. “Paixões, egoísmo, falsos apetites, ódio, medo, toda sensualidade, cedem à espiritualidade, e a superabundância do ser está do lado de Deus, o bem. Não podemos encher vasilhas já cheias. É preciso primeiro esvaziá-las” (Ciência e Saúde p. 201).
Certa vez, ao buscar minha mãe para comparecer a uma Assembleia da nossa igreja filial, encontrei-a muito mal, com tristeza e depressão devido a problemas de relacionamentos familiares que a deixaram profundamente magoada. Mesmo bem abatida e desanimada, resolveu ir para cumprir com seus deveres de membro da igreja. Posso testemunhar sua cura no final da reunião; ela estava totalmente livre, alegre, expressando plenitude de vida! Essa experiência comprovou que as atividades da igreja curam e abençoam a todos, inclusive os que cuidam da parte administrativa. O pensamento dela foi modificado pelo “óleo da alegria”, que preencheu seu coração com amor e genuína gratidão pela igreja e pelo trabalho dos membros que abençoam a comunidade local e todo o mundo. As assembleias das igrejas da Ciência Cristã, em vez de simplesmente discutir fatores humanos e materiais, são oportunidades para boas reflexões metafísicas, e essa atmosfera promove a cura.
Cristo Jesus nos ensinou a ter esperança em Deus e a demonstrar o bem divino diariamente. Ao colocar seus ensinamentos em prática, mantemos o pensamento cheio desse bem e desfrutamos da herança de filhos de Deus. Mary Baker Eddy escreveu: “Amados Cientistas Cristãos, conservai vossa mente tão cheia de Verdade e Amor, que o pecado, a doença e a morte nela não possam entrar” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 210).


Encontrar o “óleo da alegria” é uma realidade nas igrejas da Ciência Cristã. A cura é inevitável!


Loubert mora com a esposa e a filha em São Paulo, SP.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Viver com "o vigor, a louçania e a promessa"

“Você pode fazer isso! Tudo bem, agora nade até mim. Desta vez, bata um pouco mais os pés. Não se esqueça de respirar”! A avó da minha esposa, “GG” estava ensinando seu quinto ou sexto bisneto a nadar. Dos nossos dois filhos, o mais velho do grupo havia feito o curso básico com ela e nadava agora como um peixe. Eles se deliciavam nadando com “GG”, se divertindo muito com suas demonstrações de como e porquê não poderia afundar.
A jovialidade de GG ia muito além de nadar e boiar na piscina. Ela se divertia com tantas coisas que era um prazer tê-la por perto. Sua concepção sobre a vida e o ser era claramente a de que existimos para refletir o bem que é de Deus. Ela mesma manifestava esse bem e o via expressado também nos outros.
Lembro-me de GG se referir ao seu hino favorito, o qual foi escrito por sua professora na Escola Dominical, Mary Alice Dayton. Cada verso parece repleto de ideias que nos impelem a viver com “o vigor, a louçania e a promessa” (Ciência e Saúde, p. 246), independentemente de idade ou sexo, onde quer que estejamos. O hino começa assim: “A Mente eterna nos moldou Com barro celestial...”, e, à medida que os versos continuam, permanece a ênfase sobre a ideia do cuidado que Deus tem para formar e sustentar sua criação: “Divina mão nos cinzelou / Em obra imortal”. Então, segue-se esta bela promessa, para cada um de nós: “Ao homem deu o Criador / Nobreza e poder. A imagem imortal de Deus / Reflete o Seu ser” (Hinário da Ciência Cristã, 51).
Aqueles familiarizados com a trajetória de Mary Baker Eddy provavelmente sabem que sua vida foi mais produtiva durante as quatro décadas após sua descoberta da Ciência Cristã, do que nas quatro décadas anteriores. A descoberta de que eram acessíveis as leis da Vida e do Amor divino, as quais se cumprem por si mesmas, mudou sua perspectiva e trouxe saúde e vitalidade à sua vida, prova de que nossa perspectiva e experiência, quando “a beleza, o poder e a graça” são aceitos como naturais, tornam-se bem diferentes daqueles que temos quando aceitamos as teorias mortais como reais.
Conhecer a Deus é compreender a nossa própria herança já presente e repleta de qualidades espirituaisTenho observado que, independentemente da idade ou fase da vida, as pessoas que compreendem sua origem como imortal, ou seja, modelada pelo Divino, parecem expressar naturalmente vitalidade, força e entusiasmo. Essas pessoas se identificam naturalmente com o modelo bastante promissor descrito naquele hino, aquele formado por Deus com nobreza e poder.
Mary Baker Eddy incluiu muitos comentários em Ciência e Saúde sobre o tema relativo a esse modelo, como também sobre a superação de limites atrelados ao tempo e à idade. Ela escreveu: “Admitir no íntimo que o homem é a própria semelhança de Deus, põe o homem em liberdade para assenhorear-se da idéia infinita” (p. 90). Essa declaração está em total conformidade com as declarações da Bíblia no sentido de descartar a mortalidade e aceitar nossa imortalidade dada por Deus: “Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).
Em minha experiência, quando admiti que sou a própria semelhança de Deus, descobri-me disposto a considerar a Deus mais profundamente. Meu estudo da Ciência Cristã tem mostrado que Deus é Vida infinita, e que Ele proporciona somente o bem. Isso é uma coisa maravilhosa! Meu estudo também me leva ao exemplo de Jesus de viver pela lei libertadora do Espírito, não pelas reivindicações limitadoras da materialidade. Seu exemplo é para ser seguido por todos. O Evangelho de João diz que conhecer a Deus e a Jesus Cristo é “vida eterna”. Conhecer a Deus e a Seu Filho é compreender a nossa própria herança, já presente, de qualidades e capacidades espirituais, ou seja, a permanente graça, alegria, agilidade mental e corporal, percepção espiritual e paz. Cada qualidade irradia imortalidade, de maneira sólida e permanente.
Ninguém está preso ao consenso popular a respeito de velhice, infância e juventudeQuão gratificante é aceitar nossa própria imortalidade, identificando-nos com essas qualidades imortais! Afinal, como diz o hino, a nobre obra de Deus é completa. Seu reino já veio, conforme Jesus pregou e ilustrou. Podemos expressar as qualidades e capacidades da Vida e do Amor divinos exatamente agora, já que: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Pense nisso: a “imagem” e a “semelhança” de Deus. A obra está feita, não existe tempo envolvido aqui. Como ocorre com qualquer imagem ou reflexo, não precisamos esperar para vivenciar cada qualidade do original. A Mente divina, imutável, se manifesta continuamente em nós por meio de inteligência, sabedoria, consciência, clareza e ser imutáveis. O Amor Divino reluz em bondade, ternura, perdão, beleza, e a Vida em liberdade, harmonia e continuidade.
Como expressão individual da criação de Deus, ninguém está preso ao consenso popular a respeito de velhice, infância e juventude. Jesus ensinou que a plenitude e atualidade do ser ilimitado de Deus é imediata e acessível agora. Ele disse: “O reino dos céus está à mão” (Mateus 3:2, conforme a versão bíblica King James). Esse reino dos céus é a consciência divina que não conhece nenhum lapso ou mudança no bem. Esse conceito se aplica a qualquer situação, quer nossa jornada diária envolva um playground, uma sala de aula, um escritório, ou acontecimentos inesperados. Nem mesmo o acúmulo dos anos e a bagagem mental que possam acompanhar esses anos podem dar ordens à nobre manifestação de Deus, o homem. Eles não fazem parte da vida, de acordo com o modelo divino.
A idade não é o tirano que aparenta serTalvez achemos difícil nos desprender das teorias ou premissas prevalecentes sobre idade e envelhecimento. Isso, contudo, é perfeitamente factível, uma vez que essas teorias estão baseadas em uma definição inteiramente material a respeito da existência, em uma noção de que o corpo material (e, portanto, nossa energia e vitalidade) se deteriora com o tempo. Esse modelo é revertido quando vislumbramos a natureza impotente do simples passar do tempo. Ciência e Saúde relata um caso publicado originalmente no bem-conceituado jornal médico britânico The Lancet. Trata-se da história de uma mulher, na faixa etária dos setenta anos, mas que parecia jovem. Na verdade, aparentava ter menos de vinte anos. “Desiludida do amor, na juventude, perdeu a razão e toda a noção do tempo. Crente de estar ainda vivendo na mesma hora que a separara do noivo, não notando o passar dos anos, ficava todos os dias à janela, esperando a chegada do noivo. Nesse estado mental conservou-se jovem. ... Alguns viajantes americanos viram-na, quando tinha setenta e quatro anos, e pensaram que fosse uma jovem”. Mary Baker Eddy concluiu: “Esse exemplo de juventude conservada constitui um indício proveitoso, baseado no qual um Franklin poderia ter trabalhado com mais certeza do que quando engodou o raio, atraindo-o, fascinado, das nuvens” (Ciência e Saúde, p. 245).
O interessante é que, tanto Mary Baker Eddy quanto Benjamin Franklin foram inspirados a investigar os fenômenos remontando à origem deles. Eles também compartilhavam uma determinação comum de fazer um uso prático de suas descobertas, uma vez que o princípio fosse compreendido. Portanto, qual é a dica “útil” na experiência da mulher inglesa? Não seria a de que a idade não é o tirano que aparenta ser, e que o pensamento é o fator determinante na nossa experiência?
A Ciência Cristã pode proporcionar à sociedade algo muito além de mera ilusão ou de um pensamento positivo para manter o “vigor, a louçania e a promessa” (ver Ciência e Saúde, p. 246). As evidências científicas das realizações de Jesus, as quais, por sua própria natureza, já constituem uma promessa, juntamente com os 140 anos de curas vivenciadas na Ciência Cristã por inúmeras pessoas desde sua descoberta, ilustram as possibilidades resultantes da nossa submissão ao Divino ilimitável e atemporal.
Conscientemente, recusei-me a aceitar que pudesse haver qualquer resultado negativo por expressar as qualidades de DeusLembro-me diariamente de que é como Deus mede Seu próprio bem ilimitado, e não o passar dos anos, o que determina o que posso ou não fazer. Esforço-me para ver a mim mesmo e aos outros como renovos brotando da consciência divina e representando-a, momento a momento. Isso tem me possibilitado manter uma lista “do que posso fazer”, e rejeitar a noção de uma lista “do que não posso fazer”. Como resultado, comecei naturalmente a rejeitar lapsos mentais e outras limitações consideradas inevitáveis. O modelo de Deus inclui sabedoria, clareza, liberdade e harmonia ampliadas; e não apresenta nenhuma restrição, independentemente “do número de voltas que tenhamos dado em torno do sol”.
Um exemplo dessa verdade foi a minha participação em um jogo de futebol americano, em família, no ultimo Dia de Ação de Graças, comparado ao jogo do ano anterior. No primeiro ano, havia entrado no jogo para me divertir e talvez um pouco voluntariosamente para mostrar aos “mais jovens” que eu ainda era um craque. Não havia pensado em ficar alerta, em espírito de oração, contra a aceitação sutil de que se esperava que alguém da minha idade ficasse bastante dolorido depois do jogo. Dito e feito, fiquei assim por vários dias.
Então, no ano seguinte, comecei a pensar sobre essa atividade de forma diferente. Considerei o jogo como um momento para vivenciar alegria, altruísmo, flexibilidade, força e resistência. Raciocinei que essas qualidades não eram físicas, mas sim mentais e espirituais, e que representavam a atividade da harmonia divina. Recusei-me conscientemente a aceitar que pudesse haver qualquer resultado negativo por expressar as qualidades de Deus. O bem produz o bem. Com essa mudança de pensamento, o resultado foi um momento feliz, sem dor e sem efeitos negativos.
Coloquei em prática a dica “útil” proveniente dessa experiência para traduzir, de forma mais consistente, minhas atividades diárias como expressão espiritual, ao invés de esforços físicos. O resultado tem sido liberdade física e mental contínua, e maior vigilância para descartar, em oração, qualquer pensamento de cansaço ou apatia, os quais nunca podem se originar em Deus.
Qualquer que seja nossa idade, a energia transformadora da graça de Deus está presente para impulsionar o progresso e a produtividade A qualquer momento, podemos ser transformados “...pela renovação da [n]ossa mente...” (ver Romanos 12:2), resultando da evidência do bem infindável exatamente onde nos encontramos. Foi isso que minha mãe fez depois que meu pai faleceu. Gostava de vê-la encontrar alegria e renovação, a partir de uma nova visão de si mesma. No início, ela se sentia desolada, sozinha, incompleta, incompetente. A família tentou reanimá-la com a certeza tanto do nosso como também do amor de Deus por ela. No entanto, tudo o que ela conseguia ver era uma mudança dramática em sua vida e sua própria inadequação para enfrentar essa mudança. Ela orava como sempre havia feito, atenta à orientação de Deus, enquanto planejava os passos seguintes. Entretanto, lutava com o sentimento de que talvez fosse igualmente bom se ela também se fosse.
Certo dia, ela abriu a Bíblia neste Salmo: “Não morrerei; antes, viverei e contarei as obras do SENHOR” (Salmos 118:17). Intuitivamente, sentiu que essa era a orientação que ela precisava. Entretanto, rapidamente paralisada pelo medo, pensou: “Como posso fazer isso? Não consigo controlar nem mesmo meu talão de cheques”. Mesmo assim, ela não iria abandonar a inspiração de declarar as obras de Deus. Pensou em Deus como o Amor infinito e compreendeu que gostava de amar. Sua orientação mudou rapidamente no sentido de dar testemunho do amor de Deus, simplesmente amando. Isso em realidade se tornou um lema: “Eu amo viver, portanto posso viver para amar”.
A saúde de minha mãe melhorou. Ela se tornou ativa de uma forma que há anos havia sido. Encontrava oportunidades quase que diárias de ajudar os outros e, em troca, era naturalmente abençoada. Começou a ter aulas de piano, aprendeu a usar o computador, a controlar o talão de cheques, e tomou algumas boas decisões financeiras, motivada, o tempo todo, a viver o Amor. A conscientização que tinha de si mesma havia mudado de um estereótipo que se havia imposto de “viúva idosa”, para o de filha de Deus, cheia de propósitos; e demonstrava isso em todos os aspectos de sua vida.
Seja qual for a nossa idade, ou a de alguém a quem amamos, a energia renovadora da graça de Deus está presente para impelir o progresso e a produtividade com um senso de vigor, louçania e promessa, mais divino e mais nobre. O ser ilimitado de Deus, que guia nosso coração em espírito de oração rumo a essa expectativa para todos, revela cada dia como repleto de promessas.


David é Praticista, Conferencista e Professor de Ciência Cristã, e mora em Petaluma, Califórnia, EUA

domingo, 7 de fevereiro de 2010

O Poder da Oração


Recentemente recebemos uma carta de uma leitora que mostra quão maravilhosas experiências é possível fazer com o Senhor pela fé. Por isso reproduzimos alguns trechos da carta:


Há poucas semanas ouvimos pelo rádio a notícia de que, devido à ameaça de inundação, deveríamos tirar nossos automóveis da garagem subterrânea. Uma barragem havia se rompido durante a noite, e às 6 horas da manhã a água havia chegado até nosso bairro. Em nossa casa reuniram-se 10 mulheres e imploraram ao Senhor para que Ele, em Sua onipotência, detivesse as águas. Oramos por cerca de 15 minutos. Depois olhamos pela janela para ver até que altura a água já havia chegado. Ela tinha alcançado nosso terreno, mas não o inundou. Aleluia! Alguém informou que a água havia parado de subir nos últimos 15 minutos. Vale a pena orar!
Depois distribuímos sanduíches aos trabalhadores encarregados dos reparos, entregamos folhetos a eles e louvamos ao Senhor! (C. B.)


Praticamente ao mesmo tempo li o seguinte em um jornal:


A fé pode remover montanhas


"Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11.22-24).
Os membros de uma pequena igreja nas montanhas de Great Smoky (EUA) construíram um novo prédio em um terreno que haviam recebido por doação. Dez dias antes da inauguração, o inspetor de obras da localidade informou ao pastor que o estacionamento era insuficiente para o tamanho do prédio. Se a igreja não dobrasse o tamanho do estacionamento, não poderia usar o salão. Infelizmente, a igreja já havia ocupado cada polegada do escasso terreno, com exceção da colina que ficava atrás do prédio. Para criar mais vagas no estacionamento, seria necessário remover a colina. Na manhã do domingo seguinte o pastor anunciou corajosamente que à noite queria reunir-se com todos os membros da igreja que tivessem "fé para remover montanhas". Eles teriam uma noite de oração para pedir a Deus que removesse a colina e providenciasse o dinheiro suficiente para asfaltar o estacionamento antes da inauguração no domingo seguinte. No horário combinado reuniram-se para orar 24 dos 300 membros da igreja. Eles oraram durante cerca de três horas. Às 22 horas o pastor disse o último "Amém". "Conforme está planejado, inauguraremos o salão no próximo domingo", garantiu ele. "Deus nunca nos abandonou, e creio que também desta vez Ele será fiel".
Na manhã seguinte, quando estava trabalhando em seu gabinete, alguém bateu com força na porta. Ao responder "entre!", apareceu um empreiteiro de aspecto rude, que tirou seu capacete. "Desculpe, pastor, sou da empreiteira de obras da localidade vizinha. Estamos construindo um enorme centro de compras e precisamos de terra. O senhor estaria disposto a nos vender uma parte da colina que fica atrás da igreja? Nós pagaremos a terra que tirarmos e asfaltaremos gratuitamente o espaço vazio, desde que possamos dispor da terra imediatamente. Não podemos continuar com a construção do shopping antes que a terra esteja depositada no local e suficientemente compactada".
O novo salão foi inaugurado no domingo seguinte como tinha sido planejado, e no evento de abertura estavam presentes muito mais membros "com fé para remover montanhas" do que na semana anterior.


Seja sincero: você teria participado daquela reunião de oração? Algumas pessoas dizem que a fé é produzida pelos milagres. Mas outras sabem: milagres resultam da fé! (Die Wegweisung 5/99)