segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Natal mais feliz que eu já tive!


Mary Baker Eddy escreveu: “O Natal, para mim, é aquilo que faz lembrar o grande dom de Deus, Sua ideia espiritual, o homem e o universo, dom esse que de tal forma transcende o ato mortal, material, sensual, de dar, que a alegria ruidosa, a ambição desmedida, a rivalidade e o ritual de nosso Natal costumeiro parecem um escárnio humano, um arremedo da verdadeira adoração que comemora a vinda do Cristo” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 262). O Natal é uma efusão do abundante amor do Pai por todos os Seus filhos.
Quando nos lembramos da nossa própria natureza espiritual, o Natal proclama a mensagem de que o Espírito divino está conosco, sustentando-nos, preservando-nos e guiando-nos, de forma constante. No relato sobre o nascimento de Jesus, Mateus fala dessa proximidade constante de Deus quando ele ecoa Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)” (Mateus 1:23).
Existem muitas razões para amarmos a época do Natal e tudo o que ela traz: a reunião das famílias, a alegria, a felicidade e o regozijo que demonstram o significado espiritual mais profundo dessa época e sua maravilhosa promessa à humanidade. O Natal nos lembra o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus, que exemplificou generosidade e amor verdadeiros pela humanidade.
Há alguns anos, um amigo de longa data que estava estudando nos Estados Unidos, veio me visitar aqui no Quênia, com uma ideia diferente de comemorar essa época festiva. Decidimos que nos reuniríamos com nossos amigos, a fim de visitar o lar das crianças (como são chamados os orfanatos no Quênia), como também visitar alguns outros amigos, que estavam doentes. Desejávamos poder dar alguns presentes a essas pessoas, bem como orar com elas.
Considerando que meu amigo estivera longe do Quênia durante quatro anos, ele havia perdido contato com muitas pessoas. Portanto, concordei em encorajar o maior número desses amigos a participar. Em pouco tempo, eu havia mobilizado 26 pessoas, inclusive muitos membros da igreja local da Ciência Cristã.
Certa manhã, pouco antes do Natal, nós nos encontramos e concordamos em comprar alguns presentes, alimentos e roupas que poderíamos doar às pessoas que visitássemos. Assim que esses ítens foram comprados, visitamos a Segunda Leitora da nossa igreja, a qual, nessa época, estava sofrendo de úlceras estomacais. Quando ela nos viu, ficou cheia de felicidade e nos disse que nunca um grupo como o nosso a havia visitado antes. Foi uma visita agradável, cheia de oração em conjunto e, depois disso, demos os nossos presentes. Em seguida, a bibliotecária da nossa Sala de Leitura abriu o Hinário da Ciência Cristã no poema de Mary Baker Eddy, intitulado “Manhã de Natal”, e leu os dois versos finais para o grupo:
Suave luz de paz, Amor,
Não és mortal.
Verdade, Vida, teu valor
Desfaz o mal,

O credo atroz, a corrupção.
Vens nos guiar,
Perene apoio, proteção,
Aqui, nos dar”.

(Hinário da Ciência Cristã, 23)
Foi uma maneira inspirada de finalizarmos a visita. (A Segunda Leitora me ligou seis semanas depois informando que havia tido uma cura maravilhosa e completa. De fato, disse que o poema foi a principal contribuição para sua cura, porque a ajudou a ver que ela é uma ideia espiritual do “Amor vivo”).
De lá, visitamos uma viúva que foi corajosa o bastante para dizer que não tinha nada para comer na ocasião. Nós a incentivamos a continuar amando a Deus, apesar de sua condição, e também demos a ela alguns de nossos presentes. Quando estávamos saindo, ela continuou a pedir que Deus nos abençoasse abundantemente, o que me lembrou destas palavras de Jesus citadas no livro de Atos: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Foi uma bênção poder visitar e ajudar essa senhora!
Em seguida fomos para o “Lar para Crianças Mama Ngina”, onde doamos alimentos, roupas e flores para os órfãos que lá vivem. Eles ficaram cheios de alegria por poderem participar do espírito de Natal. Mais tarde, a patrona (gerente) do orfanato assistiu ao Culto Dominical de nossa igreja para expressar sua gratidão. Hoje, ela é um membro ativo de nossa igreja filial, bem como dA Igreja Mãe.
Os dois últimos lugares em que estivemos foram uma instituição que cuida de idosos e um centro de reabilitação para crianças de rua. Doamos nossos presentes a eles e tivemos conversas maravilhosas sobre cura, em ambos os lugares. Os residentes desses locais ficaram cheios de felicidade quando os visitamos e participamos de suas atividades.
Todos nós ficamos muito gratos por poder celebrar o Natal com essas pessoas da sociedade, as quais, algumas vezes, são esquecidas. Em todos os lugares que fomos, pudemos compartilhar as bênçãos e as ideias sanadoras da Ciência Cristã. Anteriormente, havia considerado o Natal como uma época triste, porque não tinha dinheiro disponível para comprar presentes para minha família e amigos. Mas esse foi o Natal mais feliz que já tive! Mostrou-me que essa é uma época de grande alegria, um período em que estamos mais alerta ao amor de Deus pela humanidade, como também uma oportunidade de imitar o amor incondicional expresso na vida de Cristo Jesus.
John mora em Suna-Migori, Kenya.

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