segunda-feira, 16 de março de 2009

Vinho novo, nova compreensão.


Atualmente, muitas pessoas acreditam no poder da oração e percebem que seus pensamentos exercem grande influência sobre a saúde.
Porém, a simples crença ou o pensamento positivo, apesar de ajudarem, não trazem a cura da forma como Jesus a ensinou. Ele curava a doença e libertava as pessoas do pecado e da morte por saber que tais sofrimentos não haviam sido criados por Deus. Sua compreensão de Deus lhe possibilitava ver além da aparência material. Ele sabia que Deus é o Pai de todos e a todos ama. As curas que realizava eram a prova de que seus ensinamentos eram corretos. O fato de ter discípulos e os ensinar por meio de parábolas e exemplos, indica que, ainda hoje, é possível aprender e efetuar a cura cristã, como Jesus o fazia. Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy expõe a cura espiritual de forma acessível, tal como o Mestre a ensinou.
Certa vez Jesus disse: “...ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entorna-se-á o vinho, e os odres se estragarão” (Lucas 5:37). Ou seja, vinho novo não deve ser posto em odres velhos. No meu entender, essas palavras mostram que devemos mudar radicalmente o pensamento. É preciso perceber o fato espiritual e verdadeiro, a fim de reconhecer que, porque somos filhos de Deus, não estamos sob o jugo das pretensas e limitadoras leis da matéria. Estas palavras de Jesus: “E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo...” (Lucas 5:39) me fizeram pensar que, às vezes, pode ser trabalhoso e difícil sair do comodismo, ou seja, elevar o pensamento acima de seus velhos padrões e lutar contra a tradição e as leis materiais.
Quantas vezes dizemos: “Sou assim, fazer o quê? Sempre fui assim e sempre o serei”. Conformamo-nos com o curso dos acontecimentos, tolerando problemas e dificuldades como se as experiências seguissem um roteiro, conforme o modelo mortal, no qual todo bem é passageiro. Contudo, ao compreendermos Deus como Amor e Espírito e observar as curas de Jesus a todo tipo de problema, percebemos que não precisamos aceitar nada como inevitável e que é possível resolver qualquer problema por meio da oração consciente, que reconhece o poder do Pai-Mãe Deus, todo harmonioso, que anula qualquer pretensão que esteja fora das leis divinas.
Desde criança, presencio a cura por meio da oração e cada vez mais desejo entender a Deus. Procuro pensar sobre a forma como Deus, o único Criador do universo e do homem espiritual, vê as coisas. A Bíblia nos assegura: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” (Habacuque 1:13). Deus é o bem e tudo o que Ele criou é bom e perfeito. Ele é Espírito, portanto Sua criação é espiritual e eterna. Diante de cada situação, procuro ver as coisas como o Pai as vê e observo o fato espiritual e verdadeiro, que rompe os limites e preconceitos.
Sei que toda a criação é espiritual e nunca pode estar separada da harmonia eterna do Criador, pois o Espírito é onipresente. Não há outra consciência, pois Deus é onisciente, e não existe outro poder, pois Ele é onipotente.
No ano passado, vivenciei o resultado dessa oração, na qual afirmava minha união com o Espírito e me certificava de que nada poderia me separar do Amor divino, quando percebi, perto de meu ombro, um pequeno sinal escuro e áspero. O problema me incomodava muito, mais pela conexão com sintomas de doenças graves do que pela dor ou pelo aspecto. Tinha medo de que pudesse crescer. Além disso, vinham–me ao pensamento argumentos de que era o resultado de um problema de relacionamento pelo qual eu havia passado.
Então, passei a afirmar mentalmente que, porque a minha natureza verdadeira é espiritual, o único crescimento possível em mim era o de minha compreensão espiritual. Orei dessa forma durante alguns meses. Sempre que orava, afirmava o fato espiritual a meu respeito: sou filha de Deus, manifesto apenas a Deus.
Certo dia, ao me vestir, minha blusa raspou no sinal e ele sangrou. De início, fiquei alarmada, mas logo neguei firmemente que houvesse outro poder além de Deus, o bem. Dois dias depois, no carro, o cinto de segurança bateu naquele sinal na pele e ele se soltou. A superfície ficou limpa e macia e não houve mais nenhum crescimento anormal.
Hoje, vejo que alcancei a cura, quando mudei minha perspectiva a respeito de minha verdadeira identidade espiritual. Foi como se tivesse colocado “vinho novo em odre novo”. Fiquei muito feliz, pois tive a prova da eficácia da oração metafísica cristã, que reconhece a Deus, o Espírito, como o único poder.

Marcia Machado Flesch é Praticista da Ciência Cristã em Florianópolis, SC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário