domingo, 5 de dezembro de 2010

Cura de apendicite do filho


Em uma manhã de um sábado ensolarado, coloquei-me em reflexão sobre o significado da palavra “acreditar”. Consultei o dicionário e me deparei com a seguinte definição: “dar crédito a; crer; ter como verdadeiro”.
Ao contemplar a beleza dos raios de sol refletindo e iluminando as árvores que eu via através da janela, pensei: “Deus está sempre presente em Sua criação”. Acreditei naquele pensamento natural e espontâneo e senti paz e alegria.
Então, perguntei-me: Se Deus está sempre presente, por que, às vezes, relutamos em acreditar, ter como verdadeira, a Sua presença, principalmente quando as dificuldades e os desafios se apresentam em nossa vida?
Não deveria a conscientização do bem ser natural e espontânea, conforme ocorreu quando observei a beleza dos raios de sol sobre as árvores?
Essa reflexão me levou a pensar sobre os diversos “treinos” que realizamos ao longo da vida, os quais, instintivamente, levam-nos à compreensão e à conscientização. Treinamos com persistência e perseverança o andar, o correr, o falar e os demais movimentos, desenvolvendo assim a nossa consciência corporal e a compreensão sobre ela.
Da mesma maneira, podemos treinar nosso pensamento a aceitar somente que Deus é o bem supremo e absoluto, que Ele está sempre presente e nos proporciona apenas o bem. Acreditar nessa única realidade nos capacita a vivenciar esse Amor incondicional e sua onipotência. Ter como verdadeira apenas a onipresença de Deus traz saúde, alegria, companhia, abundância e supre nossas necessidades.
Certa vez, Paulo, meu filho mais novo, queixou-se de fortes dores abdominais, febre e grande desconforto. Diante do quadro alarmante e repentino, meu esposo e eu decidimos levá-lo a um hospital para que ele obtivesse alívio da dor. Após alguns exames, recebemos o diagnóstico de apendicite, com a recomendação médica de que Paulo deveria passar por uma cirurgia. Permanecemos no hospital durante toda a noite, pois ele seria operado no dia seguinte. Durante aquelas horas, conversamos sobre a sua verdadeira identidade espiritual, como imagem e semelhança de Deus. Conscientizamo-nos da presença de Deus em seu ser e acreditamos no poder do Amor infinito. Creio que refletir sobre essas ideias eliminou o medo do pensamento de meu filho, que adormeceu.
Continuei a afirmar a verdadeira realidade e a me concentrar nas seguintes palavras de Mary Baker Eddy: “Tumores, úlceras, tubérculos, inflamação, dor, juntas deformadas, são apenas sombras de sonho dos que sonham acordados, imagens sombrias do pensamento mortal, que fogem diante da luz da Verdade” (Ciência e Saúde, p. 418).
Durante a madrugada, fui chamada para assinar os documentos referentes à cirurgia, que deveria ocorrer em breve. Mesmo assim, continuei a acreditar que para Deus tudo é possível e que o quadro de doença poderia ser revertido pela compreensão de que a sombra chamada “apendicite” é apenas um sonho e desaparece diante da luz irresistível e sanadora de Deus, a Verdade. Permaneci confiante no fato de que a verdade sobre a perfeição espiritual de meu filho seria comprovada.
Mais uma vez, algumas palavras de Mary Baker Eddy soaram em minha consciência: “É possível — é até dever e privilégio de cada criança, homem e mulher — seguir em certo grau o exemplo do Mestre, pela demonstração da Verdade e da Vida, da saúde e da santidade. ... Ouvi estes mandados imperiosos: ‘Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste...’ ” (Ibidem, p.37). Dei-me conta de que como meu filho não está fora desse mandado bíblico impreterível, pode somente expressar a perfeição divina e imutável.
Ao amanhecer, um exame mais detalhado foi realizado e, após algumas horas, o médico nos disse que, após analisar cuidadosamente o exame, concluíra que a cirurgia não seria mais necessária e que a havia cancelado. Meu filho sentia-se bem e não apresentava nenhum dos sintomas da noite anterior, os quais não retornaram mais.
No mesmo instante, telefonei para minha filha que se preparava para as comemorações de sua formatura, que aconteceriam naquela noite. Com muita gratidão a Deus, disse a ela que poderíamos participar de sua festa e que seu irmão a acompanharia como padrinho, conforme havíamos planejado. Com naturalidade, ela afirmou: “Eu já sabia; na realidade divina a doença é sempre uma ilusão”!
A noite da formatura foi muito especial, repleta de alegria e gratidão. Para mim, essa experiência confirmou mais uma vez que reconhecer que os filhos de Deus têm direito inalienável ao bem traz saúde, paz e harmonia constantes.
Rose mora em São Paulo, SP.

Quando cheguei ao hospital, estava com muita dor e os médicos disseram que eu precisaria ser operado. Durante a noite, minha mãe orou, conversou bastante comigo e me assegurou que Deus estava cuidando de mim. Como aluno da Escola Dominical da Ciência Cristã, eu já conhecia esse modo de pensar. A situação era tensa, mas com aquelas palavras eu me acalmei, consegui dormir e acordei bem no dia seguinte. Fiquei muito feliz por não precisar ser operado. Aquelas dores não retornaram mais.
Paulo, 16 anos

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