sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Imunidade: uma visão corretiva

Ao estudar a Bíblia, vê-se que Jesus curou o que hoje é conhecido como doença infecto-contagiosa. Em uma ocasião, curou um caso isolado de lepra (ver Marcos 1:40-45) e em outra curou dez pessoas simultaneamente (ver Lucas 17:11-14). A Ciência Cristã revela que Jesus foi o homem que compreendeu e demonstrou a ideia-Cristo, um poder divino e atuante no pensamento humano. Ele mostrou a toda a humanidade o que é ser filho de Deus e o potencial divino inerente a essa filiação, que inclui a imunidade espiritual do ser.
O que havia em comum entre essas pessoas que foram curadas é que, além de buscarem a purificação espiritual, procuravam a cura completa de um mal considerado incurável na época. Uma agravante era a condição a que essas pessoas ficavam sujeitas: total isolamento e desprezo da sociedade. A cura cristã, preconizada por Jesus, provou que para Deus não existe caso perdido nem impossibilidades. Tal fato advém do desdobramento natural da lei divina, o bem, que prova a atividade atual e perene do Cristo, que traz consolo e salvação universal.
A Ciência Cristã ensina que Jesus era dotado do Amor divino em tal medida, que reconhecia cada indivíduo apenas como um filho perfeito de Deus. Tal fundamentação crística estava solidificada na compreensão que ele mantinha acerca de sua própria identidade, uma ideia de Deus imaculada, completa, imune, livre do medo e de qualquer imposição material. Quando ele afirmou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), incluiu a toda a humanidade, sem excluir a ninguém. Mary Baker Eddy escreveu em sua principal obra: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes” (Ciência e Saúde: p. 476).
Como sanador de maior êxito, Jesus é o modelo para a cura cristã. Se a habilidade de curar pela Ciência divina fosse uma dispensação individual, Jesus não teria dito que todos os que cressem nele realizariam as mesmas obras que ele e outras maiores ainda. Jesus não só demonstrou a imortalidade da Vida divina pela sua ressurreição e ascensão, como também prometeu a continuidade do Consolador, o que conferiu eternidade à ideia-Cristo. Há 143 anos a Ciência Cristã vem revelando à humanidade que o Cristo é atual, onipresente, onipotente, fala à consciência humana, salva e livra de todo o mal. Assim como Cristo Jesus ensinou em todas as suas palavras e obras, a Ciência Cristã também revela a cura cristã como ato contínuo e atemporal.
Ponderando sobre a cura dos leprosos, o que os levou a procurarem por Jesus? Eles estavam em busca da purificação física e mental. Jesus não deu nenhum diagnóstico, nem fez perguntas sobre o estado de saúde daquelas pessoas, pois mantinha o saber consciente acerca de todas as coisas e de cada ser como a expressão da perfeição de Deus. Tal fato é uma lei divina que pode ser científica e constantemente demonstrada pela cura de qualquer doença.
Quando o leproso se aproximou de Jesus e lhe disse: “Senhor, eu sei que o senhor pode me curar se quiser”, Jesus, compadecido, respondeu: “...Sim! Eu quero. Você está curado” (Marcos 1:41).
Como naquela época, o poder sanador cristão incomensurável e infinito está presente na atualidade, neste exato momento, e alcança a todos, em qualquer lugar, seja qual for a situação que tenhamos de enfrentar.
Pude comprovar isso em 1990, quando orei para reconhecer a perfeição e imunidade inerentes ao meu ser, como filho perfeito e completo de Deus. A Ciência Cristã ensina que a cura provém da ação divina e que não há nenhuma necessidade de diagnóstico material. Mas à época, consultei a opinião de um especialista com a finalidade de alinhar a defesa mental em minhas orações, para anular as pretensões errôneas, específicas do caso. Aprendi que se tratava de herpes-zóster, popularmente conhecido no Brasil como cobreiro, manifestado na região do abdômen e que, segundo o diagnóstico, era um tipo diferenciado de herpes que ataca pessoas com baixa imunidade, mas que, em contrapartida, tinha a característica de “imunizar” aquelas afetadas por esse vírus. Contudo, poderia durar e causar dor insuportável por anos.
Diante desse diagnóstico, continuei a confiar absolutamente na oração para obter a cura, sem usar nenhum recurso medicinal. Como resultado, não senti dores, nenhuma fibra nervosa ou músculo foi afetado. Lembro-me de que um dos elementos fundamentais de minha oração foi reconhecer a pureza como inerente a meu ser. Também venci o medo do contágio e resisti à tentação de olhar para os locais afetados para ver se a cura já havia se completado. Dentro de poucos dias, as bolhas sobre a região avermelhada da pele desapareceram por completo, e não reincidiram.
A cura pelo Cristo é completa, pois elimina o medo e a inércia mental. A Ciência Cristã ensina que o principal elemento para se alcançar a cura pela oração é o pensamento convicto, que não aceita o falso quadro material de uma conjuntura sem esperança de cura. Ao ler os relatos bíblicos, sinto que, ao ver-se diante de situações que, pela opinião geral, suscitavam pavor, desalento e desprezo, Jesus mantinha o pensamento elevado e deixava que o Cristo, a atividade divina infalível e oniativa, tomasse conta do caso, e por isso a cura ocorria.
A imunidade de cada pessoa é espiritual e intrínseca ao ser completo, criado por Deus. Como todos refletem a Deus, para infectar “o reflexo”, seria necessário primeiro atacar o original, o que seria impossível. A imunidade espiritual é um atributo que o homem possui por refletir a imortalidade divina. Nessa base, a Ciência Cristã estabelece a totalidade de Deus e a nulidade da matéria. O desdobramento natural do bem, tal como na cura dos leprosos, é algo divino e natural, portanto factível e demonstrável, a todo momento. A imunidade individual e coletiva está sustentada pela universalidade da atuação do Cristo.
Esse conceito mais elevado, divino e permanente de imunidade, embasado no Cristo vivo, eterno e atemporal é uma ajuda presente em um momento em que a mídia sugere uma possível pandemia da gripe A (H1N1), que está sendo conhecida como gripe suína. Contudo, podemos descansar na certeza da presença e atividade individual e universal da ideia-Cristo, que destrói o medo de contágio. Pela oração, optamos por confiar na realidade espiritual que garante a imunidade da criação de Deus, ao invés de em um quadro material que apresenta perigo de contaminação.
Regozijemo-nos em Deus, que pelo Seu Cristo vivo e atual, garante saúde e imunidade verdadeiras e permanentes para a humanidade.

Jackson mora em Porto Alegre, RS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário