quinta-feira, 9 de abril de 2009

Doces recordações de Mary Baker Eddy (Continuação)

by Abigail Dyer Thompson

Quando vi pela primeira vez a Sr. Eddy, eu era uma criança feliz e amistosa, com um toque de timidez que me tornava uma boa ouvinte ao estar na companhia de pessoas mais idosas, e, acima de tudo, eu amava a Ciência Cristã. Intuitivamente, nossa Líder deve ter discernido isso, porque, de outra forma, no afã de sua vida cheia de ocupações, indubitavelmente eu não teria recebido tantas provas de seu amável interesse.
Sua gentileza se revelava de inúmeras maneiras, até mesmo em pequenos acontecimentos como o seguinte. Nas primeiras duas ou três vezes em que vim a Boston com minha mãe, a correspondência desta era remetida para a Faculdade de Metafísica de Massachusetts e eu para lá me dirigia diariamente a fim de buscar a correspondência.
Freqüentemente a Sra. Eddy passava pelo salão em que eu estava separando as cartas destinadas a minha mãe, e ela se detinha invariavelmente para falar comigo durante alguns momentos. Na ocasião em que mamãe participou pela primeira vez da classe, minha irmã e eu fomos convidadas a passar uma aprazível noite com a Sra. Eddy.
Em minhas freqüentes visitas a Boston, tive o prazer de muitas entrevistas com essa grande mulher e, certa feita, minha mãe e eu tivemos o privilégio de passar uma noite em Pleasant View, como seus hóspedes.
Perante vós eu hoje me ponho como testemunha viva da eficácia curativa da percepção da Verdade que essa maravilhosa mulher teve.
Duas vezes, durante minha infância, fui curada instantaneamente graças às ternas ministrações de nossa preciosa Líder, sim, fui curada do que os médicos consideravam como condições físicas desesperadoras.
Desde o nascimento, fui uma criança de saúde muito delicada, precedida de três gerações que sofreram de males pulmonares do lado de meu pai. Em certa ocasião, antes de ir com minha mãe para o Leste, apanhei um grave resfriado que me deixou com uma tosse seca profunda. Tão logo a Sra. Eddy me ouviu tossir, ela detectou rapidamente a gravidade de meu estado de saúde e deu-me um só tratamento, que era tudo o que eu necessitava para erradicar completamente qualquer vestígio de mal pulmonar. A tosse seca cessou de vez e, não só desapareceu esse mal tão aflitivo, como também foi destroçada toda a lei mortal que jazia por trás desse problema físico.
No decorrer dos anos que se seguiram, regozijei-me na completa liberdade de qualquer recaída dessa assim chamada enfermidade hereditária.
Cerca de um ano mais tarde, quando estávamos novamente em Boston, tive outra cura instantânea, em resultado da percepção poderosa da Verdade, por parte de nossa Líder. Dessa vez, fui atacada repentinamente e fiquei confinada ao leito com um mal muito doloroso nos quadris. Durante mais de uma semana, dia e noite, eu jazia atormentada pela dor, enfraquecendo cada vez mais, até que os sintomas assumiram uma forma alarmante. Minha mãe então recorreu à nossa Líder em busca de conselho. A Sra. Eddy, sabendo que mamãe vinha cuidando do caso sozinha e que ao mesmo tempo estava me proporcionando pessoalmente todos os cuidados necessários, provavelmente concluiu que a situação se tornara muito real no pensamento de mamãe e, para aliviá-la disso, aconselhou-a a entregar o caso a outro praticista. A pessoa sugerida trabalhou sinceramente durante alguns dias, mas o sofrimento não diminuiu.
Por fim, a dor se tornou tão intensa que minha querida e corajosa mãe ficou arrasada pelo desânimo e pelo medo quanto ao que poderia me sobrevir e, nessa situação extrema, após uma noite de sofrimento quase insuportável, apressou-se, às cinco da manhã, a ir à casa da Sra. Eddy. O Sr. Frye falou com mamãe na sala de visitas, explicando que seria impossível ver nossa Líder senão umas duas horas mais tarde. No entanto, a Sra. Eddy ouviu-os falar e, reconhecendo a voz de minha mãe, veio até o topo da escada e escutou a conversa.
Quando mamãe retornou ao meu quarto, alguns momentos mais tarde, ainda mesmo antes de chegar ao lado da cama, ela foi saudada pelo tom alegre de minha voz que lhe dava a mensagem com as boas-novas, "Mamãe, já melhorei." E logo nos demos conta, com enorme alegria, de que não só eu estava melhor, como completamente curada.
Retornando à casa de nossa Líder na hora designada, minha mãe deu-lhe a alegre notícia da repentina mudança em meu estado, ao que a Sra. Eddy, sorrindo, replicou em substância: Ouvi sua conversa hoje de manhã e disse para mim mesma: Chegou a hora de entrar neste caso e salvar essa criança. Pressurosa retornei ao meu quarto, sentei-me de qualquer jeito numa cadeira e imediatamente me voltei a Deus por essa cura.
Tão rápida foi a minha recuperação que, dentro de poucos dias, fui capaz de fazer uma viagem de quase dois mil e quinhentos quilômetros até nossa casa no Centro-Oeste e sem sentir qualquer desconforto. Durante os muitos anos que se seguiram, eu tenho me rejubilado com abundante saúde e, do mais profundo de meu coração, dou completo crédito por minha liberdade à inteireza e à permanência da percepção da Verdade que nossa Líder teve, do poder sanador de Deus.
Rememorando os anos em que conheci a Sra. Eddy, sempre acho que o segredo de seu enorme êxito não poderia ser explicado em nenhuma outra base que não fosse a de sua comunhão com Deus e seu espírito infinito de amor universal por toda a humanidade. Antes de eu fazer o Curso de Ciência Cristã com a Sra. Eddy, isto me foi dito com grande beleza numa conversa mantida com nossa Líder, em palavras similares às que ela usava ao descrever suas obras de cura, e isso, tanto quanto me recordo, foi assim: Vi o amor de Deus circundando o universo e o homem, enchendo todo o espaço, e esse Amor divino permeava de tal maneira minha própria consciência que eu amava com a compaixão do Cristo tudo aquilo que eu via. Essa conscientização do Amor divino fez expressar-se "a beleza da santidade, a perfeição do ser" (Ciência e Saúde, p. 253), que curava, regenerava e salvava todos os que me procuravam em busca de ajuda.
O modo como a Sra. Eddy disse a palavra "Amor"fez-me sentir que ela devia ter amado até mesmo uma folhinha de grama sob seus pés. A cura espiritual que Mary Baker Eddy começou há mais de três quartos de século, está aumentando em sua abundância ano após ano. Na medida em que o cântico de gratidão pela Ciência Cristã se erguer por todo o mundo, seu nome ficará gravado no coração, da humanidade; portanto, é natural que seus seguidores estejam ansiosos por, nas palavras das Escrituras, dar-lhe "do fruto das suas mãos", pois, "de público a louvarão as suas obras" (Provérbios 31:31).

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