sexta-feira, 20 de março de 2009

Os tesouros da Metafísica - parte 04

A realidade é constante e é constante a capacidade que o homem tem de percebê-la. Nem a realidade nem a capacidade de perceber tal realidade incluem quaisquer fatores flutuantes ou causadores de atritos. Ao pormos em ação o sentido espiritual, este age como um amortecedor contra os solavancos da experiência humana, harmonizando nossa vida e demonstrando a abundante bondade da realidade. Temos de tirar Deus de um céu distante, se O pusemos ali, e tornar-nos conscientes dEle como a própria presença em que vivemos. Deus é a origem e a totalidade de nosso ser—inteligência causativa, imaterial e sempre presente, que sustenta toda existência verdadeira e é o meigo e amoroso Pai-Mãe da criação. (Mary Mona s. Fisher)

A frase de Cristo, “Eu e o Pai somos um”, retrata a Verdade Absoluta de que Deus aparece como cada ser individual. Esta é a “volta do Cristo” em cada um, a autodescoberta da própria natureza divina. Como descobrir esse Cristo em nós? Através da rejeição da mente humana e direta identificação com a Mente de Cristo.

Lemos, acima, que a realidade é constante e é constante a capacidade que temos de percebê-la. Esta frase é um “tesouro da Metafísica”, pois indica que existe uma Realidade perfeita, aqui presente, e que estamos nela, exatamente agora, e percebendo-A! Alguém poderia argumentar que não está percebendo nada! Por isso está dito que “temos a Mente de Cristo”, e que “Eu e o Pai somos um”. Cada um, considerando estas Verdades reveladas, deverá se identificar com elas de modo pleno, em práticas contemplativas silenciosas de percepção. Cada um deverá perceber sua unidade com Deus por si mesmo! E perceber que “possui a Mente de Cristo”. Isto é o que a autora diz, ao afirmar que “ao pormos em ação o sentido espiritual, este age como um amortecedor contra os solavancos da experiência humana, harmonizando nossa vida e demonstrando a abundante bondade da realidade”.

Esta identificação com Deus e com a Mente de Cristo é feita com total naturalidade: é algo que já é, um fato espiritual já presente. Eis por que não requer nenhum tipo de esforço! Espontaneamente nos ocorre esta percepção, e é quando também notamos que, realmente, ela nunca deixou de existir: é uma percepção constante e permanente de nosso ser real, que jamais foi “matéria”, jamais foi alguém “deste mundo”.

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