sábado, 14 de março de 2009

Identidade espiritual.



Daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne, e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos deste modo (II Coríntios, 5:16).
Conclusão, após compreender a verdade a respeito da natureza espiritual do ser humano, a partir de agora, a ninguém mais veremos segundo a carne. E mesmo que tenham conhecido Cristo segundo a carne (Jesus humano), a partir de então, não o veremos com a mesma e antiga visão humana limitada. Porque somos a vida e não a forma física e psicológica. Isto significa o despertar espiritual da consciência humana, ver além das aparências.

Confira agora esta mesma verdade única através de outros ângulos.

Texto de Joel S. Goldsmith
Atos, 17:28 e 29

Doravante não reconheceremos o homem pela carne”. E como, pois, o reconheceremos? Como um filho de Deus, sua verdadeira identidade. À medida que conhecemos a nós mesmos e a todos os demais, como sendo de descendência espiritual, nunca olharemos para o corpo, mas diretamente para os olhos, até poder ver por trás deles, além do homem mortal, além do homem jovem ou velho, doente ou sadio, onde está entronizado o Cristo. O homem visível quer doente, quer sadio, não é o homem – Cristo, o Eu espiritual daquele homem, não está sujeito às leis da carne, nem mesmo da carne harmoniosa, mas está sujeito apenas ao Cristo.
Temos o dever – e não só perante nós mesmos – de fazer com que o mundo reconheça o homem não pela carne, e sim que reconheça a cada um como de fato deve ser reconhecido, não atribuindo qualidades boas ou más, tanto para amigos como para inimigos, cessando de pensar sobre sua história passada, presente e talvez futura; temos de olhar para ele apenas como uma pessoa e vê-lo em sua identidade espiritual.

Joel S. Goldsmith – “O Trovejar do Silêncio” – Ed. Martin Claret

... nunca enxerga o homem na sua humanidade; mas que logo entra em contato com a consciência espiritual dele. Acostumar-te-ás a não ver o homem segundo a sua aparência, mas o verás através dos seus olhos, para além dos seus olhos, na certeza de que lá está o Cristo de Deus. Fazendo isto, apredes a prescindir da aparência externa, e, em lugar de tentares curar alguém ou restabelecer alguém ou melhorar alguém, te tornarás verdadeiramente uma testemunha da sua natureza crística, da sua essencial identidade com o Cristo.
Mesmo quando encontrares um bêbado, um doente ou um moribundo, não prestarás atenção à aparência externa, mas dirás a ti mesmo ‘Ele É’... Percebes os fenômenos externos, as aparências dos sentidos, mas não te deixarás desorientar por elas. Podem os olhos ser testemunhas da doença de alguém, testemunhas da pobreza ou da culpa de alguém – mas o espírito te diz: “Não! Isto é Deus em sua manifestação: isto é uma individuação de Deus; e por isto, a harmonia é a verdade, independentemente do que meus olhos vêem ou meus ouvidos ouvem”.
É uma consciência capaz de penetrar as aparências e enxergar para além; é uma visão de dentro, que nos dá a certeza desta verdade, mesmo quando os nossos olhos enxergam um ladrão ou um moribundo... É sem importância o testemunho dos sentidos externos. Algo no teu interior deve cantar, e o cântico que teu interior canta deve dizer: “Este é meu filho amado, no qual me comprazo... O Eu no meu interior é poderoso”.

Joel S. Goldsmith – “A Arte de Curar Pelo Espírito” – Ed. Martin Claret

Num primeiro momento poderemos achar que isso é ser por demais impessoal, mas não é nada disso. Trata-se, isto sim, de ser verdadeiro, pois observando tais princípios estaremos observando as pessoas como elas são realmente. Quando Pedro soube dizer “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, foi porque já era capaz de ver através das aparências humanas, e pôde ver aquilo que animava Jesus e que fazia dele um salvador e um guia do mundo.
Se virmos o Mestre sob essa luz, mas pararmos por aqui, teremos uma noção incompleta, pois não apenas em Jesus atuava o Cristo: você e eu também somos Cristo-movidos.
O ser humano, vivendo o seu dia-a-dia, é o homem de carne que não está sob o governo de Deus e que não agrada a Deus, e que por isso é confuso, perplexo, frustrado, doente e muitas vezes acossado pela pobreza. Como os filhos de Deus não é assim: não estão enredados nos problemas do mundo, os filhos de Deus são livres. Os filhos de Deus renunciaram a todo julgamento sobre bem e mal, e estão convencidos em seu coração da verdade sobre as aparências: “Não é nem bom nem mau, é só uma pessoa. Não é nem boa nem má, é só uma flor (ou uma pintura, um tapete, etc.). Não é nem bom nem mau porque só Deus é bom, e o mal não passa de uma ilusão ‘deste mundo’”.
Quando qualquer um de nós for capaz disso, terá feito a transição entre ser um homem da Terra e ser um filho de Deus.
A transformação ocorre sem que a pessoa seja transportada para algum tipo de mundo etérico ou transformada em corpo etérico, mas por meio de uma mudança de consciência que leva à reflexão: eu sou uma pessoa, e, uma vez que Deus é o princípio criador do meu ser, tudo o que Deus, é, eu sou – tudo o que o Pai tem, é meu.

Joel S. Goldsmith – “O Trovejar do Silêncio” – Ed. Martin Claret

Palavras não resolvem este problema. Deve ser uma convicção interna – e esta só se adquire por meio de exercícios, pela compreensão e pela prática – sem falar da graça de Deus que reside no teu íntimo. Se fores capaz de ficar sentado à cabeceira de um doente moribundo sem um vestígio de temor, porque uma voz canta no teu interior: “Este é meu filo amado... Eu sou onipontente no meu interior... Jamais te abandonarei nem te esquecerei” – então és um curador pelo espírito. Isto supõe uma evolução que só se alcança por exercícios – até que desponte o dia em que esta voz fala de dentro. Ou alguém recebe esta consciência pela graça de Deus, como um presente”.

Joel S. Goldsmith – “A Arte de Curar Pelo Espírito” – Ed. Martin Claret

Não chames a ninguém na terra teu pai: pois um é o teu Pai, que está no céu” (Mateus, 23:9). E que significa isto, exceto que se deve reconhecer a origem espiritual de todo homem?

Joel S. Goldsmith – “Viver Agora” – Ed. Ibrasa

Antes você conhecia seus amigos, seus parentes, seus pacientes e seus alunos como seres humanos; alguns bons e outros maus. Daqui em diante, você não deve conhecê-los nem como bons nem como maus, mas como seres espirituais. É um erro tanto avaliar uma pessoa como boa, como avaliá-la como má. É um erro tanto avaliar uma pessoa como rica, como avaliá-la como pobre. Você não deve avaliar qualquer pessoa segundo a carne, quer seja boa ou má. Daqui em diante, você deve avaliar uma pessoa apenas como o Cristo.
Não devemos considerar uma pessoa como carne ou como um ser humano. Não devemos glorificá-la como homem, bom ou mau, mas é melhor agora conhecê-lo não segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Joel S. Goldsmith – "O Despertar da Consciência Mística" – Ed. Pensamento

Não devemos procurar um poder fora ou separado de nós mesmos. Nós individualizamos o poder infinito na medida de nossa conscientização da Verdade.
A Vida, que é Deus, é nossa vida. Há apenas uma Vida, e esta é a vida de todos os seres, de todos os indivíduos. Nós individualizamos esta vida eterna, e não há menos Deus em alguns seres do que em outros. E esta vida, em todos, é sem doença e imortal. Nossa consciência desta verdade é a influência curadora dentro de nós.
Existe apenas uma Consciência, Deus. Em nós se individualiza esta Consciência onipotente e onisciente; por isso, nossa consciência é o socorro sempre presente em qualquer circunstância. Por esta razão não oramos ou buscamos a um Ser longínquo, mas percebemos a onipresença da divina Consciência como nossa consciência, e deixamos que o aparente problema se vá. A percepção desta verdade nos confirma na consciência da presença da Vida, da Verdade, de Deus. A compreensão da unidade da Consciência como a nossa consciência, da Vida como a nossa vida, é a Verdade eterna.
Encontrando sua vida interior, o homem encontra a paz, a alegria, a harmonia e a segurança. Mesmo em meio a um mundo tão decadente, ele permanece indiferente e intacto – é a exata presença do Ser imortal.

Joel S. Goldsmith – "O Caminho Infinito" – Ed. Martin Claret

A Verdade é que somos filhos de Deus. Deus manifesta Sua vida sob a forma do nosso ser individual. Ele Se expressa na terra por intermédio da nossa pessoa. A Vida que é Deus é a nossa vida individual, sendo, portanto eterna e imortal. A nossa mente é a mente que esteve também em Jesus Cristo, que é infinitamente pura. A nossa alma é imaculada e nada podemos fazer para mudar isso porque Deus é a nossa alma, o nosso ser. Dando um passo à frente, o nosso corpo é o templo do Deus vivo. Essa é a verdade sobre nós, sobre a nossa vida, sobre a nossa mente, sobre a nossa alma, sobre o nosso corpo, sobre o nosso ser. Por que, então, tanta discórdia?
Pelo simples fato de procurar Deus estamos negando que o Reino de Deus se encontra dentro de nós, ainda que o saibamos e o proclamemos. Quanto mais recorremos a esforços físicos e mentais para achá-Lo, mais negamos que Seu Reino está conosco!
Nosso relacionamento com Deus é: "Eu e o Pai somos um só". Um só – não dois! Deus é; logo, eu sou. Isso é unicidade. Todo esforço para entrar em contato com Deus seria o mesmo que Joel tentar entrar em contato com Joel! Procurar é ir atrás de algo que está mais próximo de nós do que a respiração, mais próximo de nós do que as mãos e os pés! Não estamos mais distanciados de Deus do que estamos da nossa respiração, do nosso próprio ser.
Enquanto acreditamos que somos algo exterior a Deus e tentarmos regressar a Ele, enquanto forcejarmos por trazer Deus para dentro da nossa experiência, nós continuaremos a nutrir o sentimento de separação de Deus. A única maneira de superar isso é reconhecer, aqui e agora.
Orar, meditar, ler textos espiritualistas, freqüentar serviços religiosos, aulas ou conferências, tudo isso é busca de Deus, e a expressão buscar Deus pode, corretamente, ser aplicada a essas atividades. Entretanto, elas não são o mesmo que tentar mental ou fisicamente entrar em contato com Deus, coisa que, no máximo, tende a nos separar Dele, da conscientização de que Ele está dentro de nós.

Joel S. Goldsmith – "O Suprimento Invisível" – Ed. Cultrix

Você precisa entender que este ensinamento não visa a dar-lhe um método para demonstrar uma vida melhor ou mais durável, nem tampouco é um ensinamento de como usar sua mente para obter as coisas, ou para dar-lhe um pouco do poder chamado Deus para lhe proporcionar bens ou melhores condições de vida.
Este é um ensinamento que visa a tirar você da sua condição humana e levá-lo para a percepção da sua identidade espiritual. Este é um modo de vida que lhe ensina como estar no mundo, sem pertencer a ele; é um modo de vida que ensina que, desde o início dos tempos, desde antes de Abraão existir, Eu Sou, e que Eu estarei aqui até o fim do mundo.

Joel S. Goldsmith – "A União Consciente com Deus" – Ed. Pensamento

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